Professora Vera: vida dedicada a ensinar

Próximo ao Dia do Professor, que será comemorado na segunda-feira (15), o Periscópio traz uma trajetória de dedicação a profissão e seus alunos. É como se pode descrever a professora aposentada Vera Oliveira.Nascida Jurema Cardinalli, em 26 de outubro de 1922, na cidade de Capivari/SP, durante toda a infância, chamada por Vera, como sempre gostou de ser chamada, chegou em Itu, aos seis anos de idade.

No município ituano, tornou-se professora, lecionando primeiramente na zona rural. Em 1947, passou a atuar na atual Escola Estadual “Dr. Cesário Mota”, instituição em que permaneceu como professora até a sua aposentadoria no ano de 1972.

Tendo se casado com Benedicto Oliveira, com quem permaneceu casada por 41 anos (1953-1994), até o falecimento de seu companheiro, com quem teve três filhos (Olga Maria, José Carlos de Oliveira e Silvia Maria) e seis netos, dedicou boa parte de sua vida à família e aos seus alunos.

Durante a conversa, a Professora Vera, relembrou um período que, para seu filho José Carlos, simboliza o que foi a sua trajetória como educadora: um exemplo de dedicação “Uma vez, um aluno disse que não enxergava. Arrecadei dinheiro e fomos ao médico e depois ele voltou a enxergar”, recorda.

Prestes a completar 96 anos de idade, Professora Vera fala o que significou sua profissão. “Foi tudo para mim. Eu gostava muito. Me dedicava demais. Existem pessoas que querem logo se aposentar, mas eu não, sempre gostei de lecionar”, diz a ex-educadora em tom de saudosismo.

Seu filho José Carlos, encerra a conversa falando sobre a importância de sua mãe. “Ela dava aula pela manhã e a tarde me dava aula em casa. Cheguei a ter aula com ela na escola e ela sempre foi muito dedicada. Tanto com os alunos, como com sua família. É difícil nos dias de hoje ter uma pessoa assim, preocupada com seus alunos, não só com as disciplinas escolares, mas com sua saúde e vida”. (Daniel Nápoli)