Dois Pontos – 02/11/18
Após as eleições, é hora de fazer o balanço final. Para os políticos de Itu, houve perdas e ganhos. O deputado federal Herculano Passos (MDB) conseguiu a reeleição apertada, porém viu sua esposa Rita Passos (PSD) não renovar seu mandato na Alesp e seus apoios ao governo do Estado (tanto no primeiro turno para seu colega de partido, Paulo Skaf, quanto no segundo turno para o candidato do PSB Márcio França) não vingarem na cidade. Em ambos os turnos, o governador eleito João Doria (PSDB) teve uma grande margem na cidade, vencendo o segundo turno com 70,19% dos votos válidos dos ituanos – para alegria do atual governo, que celebrou a vitória (ou seria a derrota dos Passos?) nas redes sociais. Matheus Costa, ex-vereador, também não logrou êxito em seu apoio ao atual governador na cidade, e seus candidatos a deputado (Carlos Cezar para estadual e Luiz Lauro Filho para federal) obtiveram menos de mil votos – Cezar, ao menos, conseguiu se reeleger. Faltam ainda dois anos para as eleições municipais, mas esses resultados poderão influenciar no cenário político e na costura de prováveis alianças para a disputa. A conferir.
DIFERENÇA: Chamou a atenção a diferença do número de votos de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na cidade de Itu. Enquanto o presidente eleito teve 64.175 votos, o candidato derrotado obteve 18.904 votos. Embora a eleição tenha sido para um cargo diferente, o número de votos do petista seriam insuficientes até mesmo para elegê-lo como prefeito em Itu.
EXPLICANDO: Na última eleição municipal (2016), Guilherme Gazzola foi eleito com 22.582 votos, seguido por Neto Beluci (21.936 votos). Outro fator significativo foi que o número de abstenções na cidade, no segundo turno de 2018, também foram maiores que a quantidade de votos de Haddad: 28.374 eleitores.
QUEDA: Historicamente, o PT sempre teve uma militância maior na cidade de Salto do que em Itu. Porém, em território saltense, o partido teve uma queda na votação para presidente. Se em 2014 Dilma Rousseff se reelegeu à Presidência da República com 22.280 votos em Salto, Fernando Haddad contou com “apenas” 15.501 votos dos saltenses.
MANIFESTAÇÃO: Está marcado para o dia 15 de novembro, em Itu, às 10h, Dia da Proclamação da República, um ato idealizado pelo movimento “Itu, Fidelíssima do Império”, com o objetivo de demonstrar para os munícipes que existem pessoas engajadas na restauração da Monarquia no País.
TRAJETO: Divulgado por meio das redes sociais, o ato terá início em frente à Casa Imperial e passará pela Igreja do Bom Jesus, até chegar a Praça da Matriz. De lá o grupo passará pelo Museu Republicano e Praça da Independência, até chegar ao Largo do Quartel, onde o evento deverá ser encerrado.
RETIRADO: Um dos projetos que deveriam ser votados neste mês é o que visa “coibir flanelinhas, panfletagem e ação de pedintes”. Porém, na tarde da última quarta-feira (31/10), a pedido do Executivo, a polêmica proposta foi retirada. Não se sabe se ela será apresentada novamente, repaginada.
DESTAQUE: Após figurar no “Brazilian Times” pelo lançamento de sua graphic novel “Sanguinária”, o ex-vereador Reginaldo Carlota voltou a estampar as páginas do periódico nesta semana. Dessa vez, o maior jornal brasileiro no EUA publicou uma foto do escritor ao lado de Jair Bolsonaro. Carlota, porém, disse que não aceitará cargos no governo do presidente eleito.
MOÇÃO: Falando em Bolsonaro, partiu do vereador Dito Roque (Podemos) a moção de congratulação ao presidente eleito. O decano da casa também fez homenagem a João Doria, eleito governador de São Paulo. Dito é conhecido nos bastidores por ser ágil em elaborar moções, seja de congratulação quanto de pesar.
EMÉRITO: Os vereadores Mané da Saúde (PRB), Ricardo Giordani (PTB), Macruz (PTB) e Wilson da Farmácia (SD) são autores do projeto de Decreto Legislativo nº 24/2018, que visa conceder o título de cidadão emérito a Antonio Aparecido Monteiro de Carvalho, o empresário Toninho da Maggi. A justa homenagem deverá ser votada em breve.
FUXISCÓPIO
Outros vereadores estariam deixando a base para fazer oposição ao atual governo municipal, assim como fez José Galvão? As próximas votações poderão dar os indícios.