Mônica Seixas disputará presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo
A deputada estadual pela “Bancada Ativista” Mônica Seixas (PSOL) será candidata à presidência da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), cuja nova legislatura tem início no próximo dia 15 de março – data em que ocorre também a eleição da Mesa Diretora. O anúncio da candidatura da ex-candidata a prefeita de Itu ocorreu nesta semana, por meio das mídias sociais.
Além de Mônica, devem concorrer ao cargo o atual presidente, Cauê Macris (PSDB), e os estreantes Daniel José (NOVO) e Janaina Paschoal (PSL), a deputada estadual mais votada da história do país, com mais de 2 milhões de votos. Ao JP, Mônica disse que o PSOL vai disputar a presidência da Casa e espaços em comissões estratégicas, como Finanças, Educação e Direitos Humanos.
Mônica descreve a candidatura do PSOL – que ainda tem os deputados Carlos Giannazi, Érica Malunguinho e Isa Penna na Alesp – como a única de oposição. “A Janaina faz coro contra o ‘acordão’ PT e PSDB, mas programaticamente tem acordo com a agenda do (governador do PSDB, João) Doria, por exemplo no pacote de privatizações”, aponta.
Segundo a deputada eleita, os deputados estão trocando voto em Macris para ficar em comissões, uma vez que o presidente é quem indica quem ficará nas comissões. Regimentalmente, apenas as maiores bancadas têm direito às comissões técnicas, que são as comissões de Constituição e Justiça e de Finanças. PT (com 10 deputados) e PSL (com 15) têm cadeira garantida. “O resto é um salve-se quem puder”, declara Mônica.
‘Às escondidas’
Também de acordo com a deputada, pouco se é falado sobre a Alesp, em detrimento a outras casas legislativas. “Isso porque, no ponto de vista do PSOL, a Alesp tem aberto mão de atuar como poder legislativo. Fiscaliza pouco, produz pouco, e isso também por conta da ação da presidência, que nos últimos anos tem sido exercida pelo PSDB”, comenta.
Mônica também critica o funcionamento – ou falta de – das comissões. “Hoje a realidade na Alesp é que as comissões não funcionam”, apontando que existem mais de 4 mil projetos parados. “Em nome de uma democratização da Casa, em nome do fim dos ‘acordões’, a gente precisa ter de fato debates sobre candidaturas reais na Casa. A gente precisa de fato que as votações se dêem em plenário, não que seja como é hoje”, finaliza.