TCE faz fiscalização surpresa na UPA
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realizou no dia 25 de junho uma fiscalização em 300 unidades de saúde em todo o Estado. A ação teve como principal objetivo verificar as condições dos serviços oferecidos à população. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nossa Senhora Aparecida foi um dos locais visitados.
Através de relatório individual obtido pela reportagem com a assessoria de imprensa do TCE, pode-se notar diversos pontos da vistoria feita a UPA ituana. De maneira geral, as condições encontradas pelo órgão foram boas. Segundo o documento, o atendimento é organizado e feito com cordialidade. As condições da unidade também são boas.
Nas observações finais, porém, os fiscais do TCE apontaram problemas, como superlotação na área de triagem e falta de cadeiras e aparente falta de médicos por conta da espera para atendimento. Outro problema apontado pelo TCE foi a ausência de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) na UPA.
Diante do exposto, o JP procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Itu, que afirmou apoiar as ações fiscalizatórias. A pasta, no entanto, esclareceu alguns pontos “que, ao entender do Poder Público Municipal, não correspondem à realidade”.
A respeito da superlotação, a secretaria explica que, como ocorre em qualquer unidade de saúde, há o aumento da procura em horários de pico, algo que fica mais perceptível nesta época, quando os casos relacionados aos problemas respiratórios se intensificam. “Ainda assim, a Secretaria de Saúde informa que já dispõe de estudo para ampliar a recepção principal, visando melhorar ainda mais a acomodação dos munícipes”, explica.
A pasta ainda aponta que a UPA segue o Protocolo de Manchester, que organiza a classificação de risco de acordo com a gravidade do quadro clínico do paciente. “Portanto, com base nessa classificação, o tempo de atendimento pode variar de paciente para paciente”, pondera.
Sobre a ausência de AVCB, a secretaria informa que, devido às recentes melhorias na ala de enfermaria pediátrica, houve necessidade de nova solicitação do documento. Ainda de acordo com a pasta, todas as adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros foram atendidas e a documentação está em fase final de emissão.
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É bem simples e sugestivo para não ter dúvidas sobre lotação e tempo de espera:
1 – Colocar um telefone ou site para registro de reclamações e que o quantitativo seja público;
2 – Colocar um sistema de senha que registre o horário de chegada do paciente, nome, cpf e horário de atendimento, assim ficará registrado o tempo de espera e o atendimento;
3 – Se o paciente está doente, foi clinicado, cabe ao médico emitir declaração ou atestado, afinal ninguém, honesto moralmente, sai de casa para pegar atestado.
4 – Doentes graves se misturam na espera com doentes que podem aguardar outro tipo de atendimento, que não seja o pronto atendimento;
5 – Saúde é um direito constitucional, então ninguém tem que sentir envergonhado em procurar atendimento no UPA, pois se é um direito constitucional, não é favor o atendimento médico;
6 – Fiscalização tem que ser encarada como oportunidade de melhoria;