A cada 100 imóveis em Itu, 1,1 deles têm larvas do Aedes aegypti

Além das orientações transmitidas pelos agentes de vetores, a população deve contribuir evitando e ou destruindo os criadouros do Aedes aegypti (Foto: Angélica Estrada/Prefeitura de Itu)

O serviço de Controle de Vetores, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, divulgou recentemente os resultados do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Liraa), que é um trabalho estatístico realizado em nível nacional com o objetivo de diagnosticar o grau de infestação do mosquito Aedes aegypti nos municípios brasileiros e os principais recipientes onde ele é encontrado. O resultado do índice predial obtido em Itu foi de 1,1% o que indica que a cada 100 imóveis pesquisados, 1,1 deles têm larvas do Aedes aegypti.

Outro destaque importante é em relação aos recipientes preferidos pelo vetor da dengue. Os vasos de planta e os depósitos de água não ligados à rede são os que apresentaram maior índice de positividade. Isto chama a atenção, pois estes recipientes não são retirados em operações de mutirão e efetivamente requerem única e exclusivamente a atenção permanente do morador. Quando é encontrado foco do mosquito neste tipo de recipiente, o morador deve esgotá-lo imediatamente e limpar as bordas evitando assim a continuidade da infestação causada pela existência de ovos do Aedes.

Em Itu o trabalho de combate às arboviroses, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, é feito de forma contínua e envolve diversos serviços como o de Controle de Vetores, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24h, Pronto Atendimento Municipal (PAM) e Vigilância Epidemiológica (Viep). O programa de controle em Itu é realizado em conjunto com os órgãos estadual e federal e é monitorado por meio de várias ações.

Com o objetivo de identificar e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, o trabalho da equipe do serviço de Controle de Vetores é realizado durante o ano todo e vai desde a tradicional visita casa a casa, que permite ao agente de controle de vetor orientar os proprietários de imóveis sobre criadouros do Aedes aegypti e sobre sinais e sintomas da doença, a nebulização de imóveis quando necessário, o treinamento da equipe e o mapeamento dos casos de arboviroses na cidade para traçar metas de combate.

Neste momento, o serviço de controle de vetores está atuando, prioritariamente, inclusive com ações de bloqueio, nas áreas mais críticas da cidade, considerando que não houve interrupção da transmissão de casos da doença em Itu.

Como parte das atividades de orientação, o grupo de ação educativa tem visitado escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e prestado informações a munícipes em espaços públicos como cemitério e praças. Agentes comunitários de saúde também estão fazendo curso de aperfeiçoamento com a equipe do serviço de Controle de Vetores.  A distribuição de cartazes educativos para estabelecimentos comerciais soma-se a essas ações.

2025

Após enfrentar a maior epidemia de dengue da história, o estado de São Paulo tem chamado os municípios com população maior que 100 mil habitantes para treinamentos tanto das equipes de controle do vetor, assim como as equipes de vigilância epidemiológica e assistência ao paciente afetado pela doença.

Em 2024 a maioria dos municípios, incluindo todos os da Regional de Saúde a qual Itu está vinculado, não interromperam a transmissão que se mostrou persistente mesmo nos meses com temperaturas menores.

A previsão para o ano de 2025 é preocupante devido a este fator e a circulação simultânea de 3 sorotipos, fato constatado no município de Campinas. Sendo assim, o trabalho de controle do vetor e o rápido diagnóstico da doença são fatores essenciais para que óbitos sejam evitados.

As mudanças climáticas têm trazido desafios ao controle do mosquito Aedes aegypti e a participação e envolvimento da população para eliminação dos focos é de fundamental importância neste momento.

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