A eleição vem aí…
Ivan Valini
Em meio à crise política e econômica, a novas fases da Operação Lava-Jato, a análises de cassação de deputados e senadores e a um processo de impeachment aberto contra a presidente da República, Dilma Rousseff, 2016 tem mais um desafio: a primeira eleição municipal sem financiamento privado de campanha.
A falta de verbas não será o único entrave das eleições municipais deste ano. As novas regras do sistema eleitoral proíbem as doações de campanha por entidades privadas. Assim, o pleito será financiado exclusivamente por recursos de pessoas físicas e pelos repasses do Fundo Partidário, usado para a manutenção dos partidos e abastecido com dinheiro público. Os candidatos (prefeitos e vereadores) estão impedidos de receber doações diretamente a eles. Os recursos devem ser repassados aos partidos, que, por sua vez, redistribuem o dinheiro entre as diversas candidaturas da legenda.
Na reforma política, as trocas partidárias também foram alteradas e estão mais flexíveis. Sem dinheiro, as prefeituras não têm como cumprir sequer a lei de responsabilidade fiscal. Além disso, as eleições serão miseráveis, sem financiamento privado de campanha e com as novas regras da troca de partidos, que estão mais flexíveis. Tudo isso, ao meu ver, gera uma eleição bastante incerta.
Em todas as eleições a discussão é sempre a mesma: pedir para que a população tenha consciência na hora de votar, que escolha bem seus candidatos, que analise seu histórico e se tem ficha limpa e todo “blá blá blá” de sempre. Mas parece que o povo lê, compreende e não coloca em prática. E a maior prova de que o povo brasileiro ainda precisa evoluir são os inúmeros “maus políticos” que nos representa na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.
Caro leitor, você se considera um eleitor atento? Vejamos, vamos começar com uma pergunta básica: Você se lembra em quem votou para vereador nas eleições de 2012? Daí vem a segunda pergunta: Sendo eleito, ele fez o que pelo seu bairro/cidade? Cumpriu com o seu papel fiscalizador? Apareceu no seu bairro para saber os problemas enfrentadas? Participou ativamente das dificuldades enfrentadas pelo município? Intervir junto as lideranças do partido para conseguir verbas para Itu? Se sim, de quanto? Onde e como foi empregado esse dinheiro? Ou seja, aquele papo de que vereador não pode fazer nada, é BALELA!!!
Mas, se sua resposta foi sim para todas as perguntas, parabéns para seu vereador e para você, que escolheu certo nas últimas eleições. Aliás, se todos os eleitores fossem assim, talvez o Brasil não estivesse onde está e este texto certamente teria outro tom, mas o problema é que a grande maioria dos que estão lendo essas linhas, estão arrependidos com suas escolhas nas últimas eleições. Sabe por quê? Simples, os ituanos não conseguiram enxergar mudanças, sofreram e hoje nutrem ódio pela política. Duvida? Lembre-se que nas eleições de 2014, quando a cidade sofreu com a crise hídrica, cerca de 40% dos eleitores (quase metade) se recusaram a votar em qualquer candidato.
A mensagem que deixo é simples! Prestigie aquele vereador que realmente tem condições de firmar compromisso com você. Prestigie, principalmente, aquele candidato que conhece a realidade e realmente está comprometido com Itu. Você conhece este vereador, caro ituano! Você conhece quem faz, quem participa, quem anda na rua lado a lado com o povo.
Dê um basta aos oportunistas. Itu tem que mudar a partir destas eleições, e você, caro amigo leitor e eleitor, tem a força para começar esta mudança. Este é o primeiro passo para que você, que não votou em bom candidato, possa avaliar outro; e para você que tem certeza que seu vereador ajudou verdadeiramente a cidade, entre nesta “campanha” da conscientização do voto para aqueles que podem e já fazem, de fato, a diferença em Itu.