Adauto Gonçales anuncia rompimento com Oswaldo Sonsini
Ex-vereador, que esperava ser convidado a concorrer novamente como vice do pré-candidato a prefeito, deve confirmar apoio a outro grupo ainda esta semana
Pouco menos de um mês após o anúncio da coligação entre o PSDB do pré-candidato a prefeito Oswaldo Sonsini e seu partido, o PR, o ex-vereador Adauto Gonçales comunicou ao “Periscópio” na tarde de ontem (6) que não houve oficialização do apoio, já que o presidente da sigla em Itu aguardava o convite para ser vice da chapa.
“Não houve oficialização da minha parte porque eu estava esperando ser convidado a (concorrer como) vice. Eu fiquei um pouco decepcionado por não ter sido convidado”, comentou Adauto, lembrando que a eleição de 2012, quando ele foi o vice da chapa, registrou a menor margem de derrota de Sonsini em todos os pleitos que ele concorreu. “Nós perdemos por 2% dos votos, praticamente um empate técnico”, apontou o ex-vereador por três mandatos.
Adauto declarou ao JP que não vê motivos para não ser o candidato a vice de Sonsini novamente. “Se fizer uma leitura fria e real, eu não vejo motivos. Até porque nós mantivemos a amizade. Ele já definiu que eu não seria o vice, então eu também não sou obrigado a ceder um vereador para apoiá-lo”, declarou. “Se eu não sirvo pra ser vice, eu não sirvo para apoiá-lo”.
O presidente do PR ituano também disse que não houve má-fé por parte de Sonsini em divulgar a coligação. “Foi uma precipitação por parte dele. Nós estávamos analisando o quadro e fizemos uma reunião fechada com todos os candidatos dele. Ficou uma ‘pré-conversa’ e, acho até que pra angariar mais candidatos, ele divulgou que estava com a gente”, declarou.
Buscando outros grupos
Adauto também informou que deve anunciar coligação com outro grupo político ainda esta semana. “Eu andei conversando com a oposição e estou com dificuldades”, comentou. Nas chapas dos pré-candidatos Rodrigo Moraes e Guilherme Gazzola, o presidente do PR disse que só foram oferecidos grupos em que ele não conseguiria eleger um vereador – o objetivo de Adauto é levar à Câmara seu filho Thiago, conhecido como “Adautinho”.
“Eu gostaria de participar de um grupo onde pudesse eleger um, dois ou três vereadores. No grupo que me ofereceram, teoricamente nós não vamos eleger ninguém. Vou cometer o mesmo erro do passado, em que meu filho fez 1600 votos, foi um dos mais votados, e não entrou porque não deu o coeficiente da legenda”, disse Adauto, descartando uma candidatura própria. “Não tenho condições financeiras de bancar uma campanha. Porque nome eu tenho igual a todos eles (demais pré-candidatos)”, disse.
O ex-vereador não descarta coligação com outros grupos, como os dos pré-candidatos Neto Beluci e Matheus Costa, e disse que chegou a hora do PR fazer parte diretamente do governo municipal. “Nós estamos preparados para isso, para assumir também a parte governamental. Ter nosso representante na Câmara e participar do governo”, apontou.
Questionado se existe possibilidade de coligação com o grupo da pré-candidata Rita Passos, Adauto foi enfático. “Não tem chance da gente se alinhar. Respeito, mas é questão de gestão pública. Eu acho que, no momento, nós não podemos retroagir a uma política antiga”, finalizou.