Agora instituto, Santa Luzia anuncia ampliação
Fundada em 1982 em Itu por Hanns Trostli, a Associação Ituana de Assistência aos Deficientes Visuais, conhecida popularmente como Escola de Cegos Santa Luzia, completa 40 anos de existência em 2022 e, agora como instituto, irá aumentar seus atendimentos.
O início dos atendimentos foi promovido no Centro, ali permanecendo até 1985 quando Dr. Jacob Federmann (falecido ano passado) promoveu a doação de um terreno e outros empresários a doação materiais de construção para que a instituição tivesse uma sede própria, situada no Altos de São José.
Em 2012 foi inaugurada a nova sede própria com apoio e incentivo fiscal da Kia Motors, com capacidade para atender 120 deficientes visuais, atendendo atualmente uma média de 100 usuários, deficientes visuais por mês, sem limite de idade, desde bebês até pessoas idosas em diversas áreas.
Agora em 2022, a Escola de Cegos passa por mudanças e se torna Instituto Santa Luzia, com projetos de aumentar sua capacidade de atendimento na reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência visual ainda não assistidos ou que desconhecem a instituição iniciará programas de prevenção a cegueira.
Também está nos planos da instituição a criação de um ambulatório de oftalmologia que contará com uma equipe multiprofissional para o diagnóstico precoce, acompanhamento dos pacientes e ações de prevenção. Porém, para isso, não necessários recursos financeiros.
“Nesses dois anos de pandemia, passamos pro um período bem difícil, caiu a quase zero as doações, as notas fiscais diminuíram bastante. Sorte que o instituto sempre primou pela organização, pela administração. A gente tinha um fôlego para nos manter esses dois anos. Houve uma diminuição de custos e, a partir de janeiro deste ano, a gente começou a ter um olhar diferente com relação à administração. Hoje precisamos crescer”, explica o vice-presidente Ricardo Mesquita.
“Como toda instituição não-governamental, o dinheiro é curto e temos que buscar muita coisa. Com a alteração do nosso estatuto, sempre com foco no assistencial, hoje a gente mudou e pode firmar convênios com a Prefeitura, com empresas, na área de educação, assistência social e na área de saúde. A ideia é a gente ir ao Poder Público, que pode indicar emendas para a gente. A gente está aberto, necessitando de mais doadores, empresas, pessoas físicas e jurídicas”, acrescenta Ricardo.
O vice-presidente faz questão de esclarecer que a Escola de Cegos está contida dentro do Instituto Santa Luzia. “Nós não vamos deixar de ser Escola de Cegos. Ela não vai acabar, vai manter o que sempre seguiu em assistência, mas será um pouco mais amplo”, afirma.
Prevenção
A ideia do instituto é começar a trabalhar junto com o Poder Púbico na parte de prevenção da cegueira nas crianças. “O diabetes hoje é um dos problemas maiores que nós temos. A gente está acertando um convênio junto ao CEUNSP que vai nos ajudar na conscientização de como comer, onde comer, agregar profissões”, explica Maria Rita Dias Alonso, coordenadora da instituição que atualmente atende 100 pessoas entre 1 e 92 anos de idade.
“Nós somos muito mais do que assistencialismo. O instituto não é uma escola para cegos, é um instituto de inclusão social e para prevenção da cegueira”, destaca Maria Rita. “A escola passou por dificuldades, a gente está lutando para que entre nos trilhos e daqui pra frente a gente quer fazer com que as pessoas que tenham deficiência visual queiram ajuda nossa. A gente está aberto para isso, ampliar o que pode ser feito para o deficiente visual”, reforça Ricardo Mesquita.
O instituto está localizado na Rua Jasmim, 71, no Parque Industrial. Para obter mais informações e auxiliar a instituição, ligue para (11) 4023-2259 e (11) 99686-2265 ou envie e-mail para contatos@escoladecegositu.com.br.