Água: superintendente da CIS descarta racionamento e traça estratégias futuras

Projetos de médio a longo prazo podem trazer maior tranquilidade para a população, explica Vincent Menu ao JP

Represa do Fubaleiro, localizado no Bairro Pinheirinho, que, segundo Vincent Menu, está com 100% da capacidade / Foto – Daniel Nápoli

 

Daniel Nápoli

A falta de chuvas no Estado de São Paulo já vem deixando a população em alerta quanto a possíveis racionamentos. Ciente disso, o “Periscópio” esteve em contato com Vincent Menu, superintendente da Companhia Ituana de Saneamento (CIS), autarquia responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto no município, para saber como se encontra a situação dos reservatórios de Itu e se a população corre algum risco de sofrer com um futuro racionamento em breve.

De acordo com Vincent, embora não tenha chovido ainda no município neste mês, não há motivo para preocupação. “Temos várias bacias que abastecem a cidade e, dos cinco mananciais diferentes, usamos atualmente três, o Braiaiá, o Gomes e o Fubaleiro, todos com 100% de reservas e com vazão superior ao que a gente capta. As bacias ainda estão produzindo mais do que a gente precisa”, conta.

Apesar da atual tranquilidade, ele trata de fazer um alerta para a população. “A gente ainda está bem tranquilo, mas existe uma tendência de diminuir a vazão. Estamos realizando medições de vazão dos mananciais. Teve uma chuva no final de agosto e a tendência de queda deu uma estabilizada”, prossegue.

O superintendente comenta que, embora haja previsão de chuvas para o final de setembro e também para o mês de outubro, a CIS possui um plano de contingência. “Caso seja necessária a utilização das reservas, teríamos, a partir do momento de uso, mais 60 dias de consumo, e então realizarmos outras ações, como transposições de outros mananciais para complementar com uma vazão, poderíamos fazer isso no Itaim.Temos também o Mombaça, que não estamos utilizando, mas que se precisar, conseguimos colocar para funcionar”.

Vincent explica ainda os passos seguintes em caso de necessidade. “E aí a gente começa a pedir para a população diminuir o consumo, e ganhar tempo de reserva. E, se chegar ao ponto extremo, o racionamento. Mas a população pode ficar tranquila, porém mantendo o consumo consciente”, observa.

 

Futuros projetos

Vincent comenta quais são os próximos passos que a CIS pretende dar no município. “Para médio e longo prazo, estudamos a captação em outro manancial para o Cidade Nova, o Cajuru. Esperamos que até o final do ano possamos iniciar as obras e ter essa opção a mais. Além disso, acionar o Mombaça e, futuramente, um plano de redução de perdas, abastecendo da mesma forma o cliente, captando menos água”, relata.

O superintendente ainda explica como deve funcionar o plano de redução. “Abaixando o consumo do cliente, com a troca do hidrômetro, que daí medirá de forma efetiva, a pessoa se conscientizará do quanto está consumindo, gerando uma economia no consumo, e com isso captaremos menos água e aumentaremos nossa reserva”, explica.