As campanhas e suas promessas
Por Ivan Valini
A campanha eleitoral ainda não começou de forma oficial. As convenções começaram a ser agendadas e até o dia 5 de agosto tudo estará oficialmente definido. Em Itu, algumas situações parecem muito bem encaminhadas. Rita Passos, pré-candidata do PSD, terá o vereador e ex-secretário da Saúde Dr. Bastos (do mesmo partido) como vice. Também focado na Saúde, o cirurgião dentista Guilherme Gazzola anunciou ontem que seu vice será o médico cardiologista Dr. Caio Gaiane, da REDE.
Também nesta semana, o ex-vereador Adauto Gonçales deixou o grupo de Oswaldo Sonsini (que ainda não anunciou seu vice), mas ainda não definiu seu futuro. Já Neto Beluci e Matheus Costa marcaram suas convenções para o mesmo dia, dando indícios de que devem coligar. Rodrigo Moraes (DEM) e Mônica Seixas (PSOL) também não se pronunciaram sobre suas pré-candidaturas.
Posto tudo isso, não podemos nos esquecer da lista, que promete ser grande, dos vereadores. O que vemos nas ruas de pré-candidatos pedindo votos e prometendo “mundos e fundos” não é brincadeira. Mas exatamente na terça-feira, vi um fato que me chamou a atenção. Um determinado pré-candidato declarou que vai registrar em cartório seus compromissos de campanha.
Trata-se de uma velha fórmula usada para que o eleitorado tenha certeza de que as promessas serão cumpridas. Porém, é importante destacar que, legalmente, o registro de tais promessas não significa absolutamente nada, não obriga o candidato a coisa alguma.
Registro em cartório não vale nada! Portanto, se um candidato te abordar e falar que tem credibilidade, se a palavra do político merece total confiança, o questione por que registrar em cartório suas promessas de campanha?
O que se pode inferir de sua decisão de registrar em cartório promessas de campanha é que talvez esteja imperando a incerteza sobre o peso da credibilidade que diz possuir.
Pior do que isso, só as redes sociais, onde discutir sobre política tem causado consequências desastrosas na vida real de alguns internautas. O que acontece é que as pessoas estão brigando, desfazendo laços de amizades e até familiares por causa de opiniões políticas divergentes. Há casos até de agressões físicas já registrados em alguns lares.
A intransigência e o radicalismo de algumas pessoas demonstram a falta de respeito e maturidade dos usuários das redes sociais.
A discussão sobre ideias, aspectos dos governos que precisam melhorar, propostas que podem funcionar, são válidas desde que o debate não crie inimizades. Temos que fazer valer a liberdade de cada um escolher em quem votar e, principalmente, para discutir política, independente do partido de predileção, procurar respeitar a opinião contrária.
Além disso, nunca é demais ressaltar que a internet é uma porta aberta para os mais baixos instintos e quando eles são pagos e muito bem pagos, fica difícil contê-los, sobrando como único caminho a Justiça.
O que já pode ser visto em Itu, nas redes sociais, é a sujeira que não pode ser cometida através da propaganda gratuita.
Ao que tudo indica, esta é a arma suja pela qual alguns já esperavam para financiar grosserias, boçalidades, injúrias e difamações. Através dela, toda mentira poderá ser dita e financiada, todos os desrespeitos poderão ser cometidos, todos os crimes inimputáveis contra a decência pública poderão circular.
Sob o manto do anonimato atuam os profissionais da calúnia com a produção de ensaios atrativos e até engraçados e quase sempre divulgando mentiras e difamações
A calúnia eletrônica é vendida na internet sem muita possibilidade de punição. Infelizmente…