Audiência pública do transporte sofre críticas da oposição
A audiência pública do transporte coletivo recebeu críticas. Em sua página no Facebook, a Bancada Co.labor.ativa, coletivo político encabeçado pelo professor Rafael Cidoman (PSOL) que obteve 1.007 votos para a vereança ano passado, relatou ter enviado no dia 26 de março um e-mail para a Prefeitura solicitando a participação na reunião, porém não obteve retorno. “Audiência pública não é para todo mundo”, ironizou Cidoman em vídeo.
Também nas redes sociais, a Bancada Co.labor.ativa propôs uma nova forma de contrato, por quilômetro rodado. O coletivo, porém, informou que a “Prefeitura paga o subsídio para diminuir” o valor da tarifa, o que não procede.
O vereador Eduardo Ortiz (MDB) participou da audiência e discutiu com o procurador Damil Roldan no final. “Isso é uma audiência pública ou uma palestra?”, questionou. Roldan, por sua vez, afirmou que citou os protocolos sanitários adotados, que, dentre outras medidas, estabelecia que os participantes deveriam escrever suas perguntas, não usar o microfone.
A vereadora Maria do Carmo Piunti (PSC) também participou da audiência e encaminhou uma indicação apresentada na Câmara, com diversas sugestões para a nova concessão. Ao final da audiência, ela questionou se as gratuidades atuais continuarão sendo oferecidas, o que foi confirmado. Também questionou se o protocolo e higiene está sendo seguido nos ônibus, apresentando uma foto de um veículo coletivo lotado.
Eduardo Ortiz gravou vídeo logo após a reunião, criticando o formato adotado. “Estou indignado, pois aquilo que aconteceu não foi uma audiência pública, foi uma palestra, foi uma apresentação de PowerPoint”, disse o parlamentar, que relatou ter sido convidado de última hora para a reunião.
“Que sentido tem um vereador comparecer à audiência pública, um representante da população, e não poder falar? Isso não é audiência pública”, reforçou Ortiz, criticando também a ausência do prefeito Guilherme Gazzola (PL) e do secretário da pasta, Hércules Domingues.
O vereador ainda disse que vai pedir na Justiça a anulação da audiência, declarando que a mesma foi “pouco publicizada”. Vale destacar, porém, que o edital foi publicado no JP do último dia 17 de março, que também deu como manchete a realização da mesma.