Bachiana Filarmônica encerra o 23º Festival de Artes

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Espetáculo, que teve regência do maestro João Carlos Martins, contou com a presença de grande público

André Roedel

O 23º Festival de Artes de Itu chegou ao fim na noite do último domingo (17) com uma atração especial: o concerto da Orquestra Bachiana Filarmônica do SESI-SP, com regência do ilustre maestro e pianista João Carlos Martins. O espetáculo, que foi prestigiado por centenas de pessoas, ocorreu no auditório da Prefeitura e foi prestigiado pelo prefeito Antonio Tuíze e demais autoridades.

O repertório do concerto contou com composições clássicas de Beethoven, Bach, Hess e Mozart, em uma apresentação de 60 minutos. Além disso, a Bachiana apresentou canções mais conhecidas do grande público, como os clássicos “Yesterday” e “Love of my Life”, das bandas inglesas Beatles e Queen, respectivamente, e “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa.

João Carlos Martins disse à reportagem do “Periscópio” sobre sua sensação em retornar a Itu e se apresentar pelo festival criado pelo maestro Eleazer de Carvalho, que ele considera “o maior regente da história do Brasil e do Século XX”. “Foi ele que me introduziu na música, porque o primeiro concerto que dei com orquestra foi sob a regência dele. Então é uma honra estar no festival”, afirmou o maestro.

Ele também falou sobre a ligação da cidade com a arte. “Itu é uma cidade que respira cultura. E uma cidade que respira cultura é um exemplo para a região, para São Paulo e para o Brasil. Então me sinto profundamente honrado de estar aqui novamente”. O maestro ainda comentou sobre a apresentação acontecer em um auditório – e não a céu aberto, como algumas pessoas reivindicaram pelas redes sociais.

“Em praça pública você sempre pode correr o risco de um problema climático, como aconteceu em Salto uma vez. Num lugar fechado você não corre esse problema. Mas em praça pública eu já fiz concerto para mais de 2 milhões de pessoas, numa apresentação única. Em praça pública precisa de um bom som, uma boa orquestra, um maestro dedicado e São Pedro. No teatro, São Pedro está de folga”, brincou.

De longe
Além das centenas de ituanos, muita gente de fora veio conferir o concerto. Foi o caso de Creusa Lencioni e Edmilson Galvão, que vieram de Paranapanema – que fica a cerca de 200 km de Itu. Porém, quase que a viagem dos dois acaba em frustração: eles não sabiam que era necessário retirar convite com antecedência (eles acabaram em menos de quatro horas no primeiro dia de distribuição).

Mas o maestro João Carlos Martins ficou sabendo da história e falou para a organização que eles eram seus amigos “de longa data”. Os dois, extremamente emocionados, acompanharam o concerto na primeira fileira. “Foi incrível”, comentou Creusa. O acontecimento foi lembrado pelo próprio maestro durante a apresentação, quando ele destacou a importância da solidariedade.

Parceria
O concerto foi viabilizado pelo Instituto CCR e com o patrocínio da CCR VIaOeste, por meio da Lei Rouanet. O prefeito Antonio Tuíze destacou essa parceria. “Foi muita luta e graças a Deus a gente tem muitos amigos. E isso resultou na possibilidade da gente trazer eventos importantes e famosos aqui para Itu. Isso fez com que nós tivéssemos todos os eventos com casa lotada. E a gente fica muito contente por ter realizado numa situação difícil, hoje em todos os municípios. Mas Itu, como sempre, sai na frente e nós vamos lutar sempre para que a gente tenha eventos como esse na cidade”, afirmou.