Carreata contra o aborto ocorre em Itu
Por Daniel Nápoli
Na noite da última quinta-feira (23), foi realizada em Itu uma carreata contra o aborto, denominada “Carreata em Favor da Vida”, que teve início na Praça da Independência (Largo do Carmo). O ato foi devido ao início do julgamento da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Superior Tribunal Federal), previsto para iniciar ontem (24), o qual pede o direito à interrupção da gravidez de mulheres infectadas pelo zika vírus e em sofrimento mental.
Um grupo se mobilizou então com a carreata, passando por diversas ruas da cidade, entre elas a Rua Ignácio Rodrigues D’Avila, situada no bairro Vila Padre Bento (foto). O ato gerou grande repercussão nas redes sociais, com muitas críticas ao mesmo devido a pandemia do novo coronavírus.
Uma das organizadoras da carreata, a gestora financeira Fábia Meireles dos Santos, de 41 anos, comenta sobre a situação junto ao STF: “Nós estamos vendo que há tentativas de se legalizar o aborto no Brasil, e para que isto aconteça estão fazendo de forma estratégica. Para que isso aconteça, a via judiciária tem sido bombardeada com esses projetos, com essas propostas para legalizar o aborto no nosso país”. Fábia prossegue. “Nós estamos vendo que é o momento em que precisamos nos unir para defender a vida, para que uma agenda abortista, que é contrária ao desejo do povo, não venha ser imposta sobre nossa nação”.
Ela faz ainda um balanço do ato. “Foi muito positivo, pois a ideia era criar um clima onde o povo possa manifestar o seu apoio a vida, pudemos perceber que as pessoas queriam saíam nas portas e apoiavam o movimento aplaudindo. Então o ato reforça a opinião pública de que o brasileiro é um povo a favor da vida e contrário ao aborto”.
Presidente do PSOL na cidade de Itu, Michelle Duarte fez um vídeo criticando o ato e postou em suas redes sociais, dizendo que “a ADI não está abrindo precedentes para a interrupção de qualquer gestação e, sim, dando uma opção para mulheres que tenham sido infectadas pelo zika vírus, tenha a opção de interromper ou não sua gestação”. Além disso, Michelle criticou ainda “uma inconsequente saída para manifestação num momento de pandemia (do novo coronavírus)”.