Centro de Apoio e Valorização à Infância de Itu conta com ajuda para manter projeto

Beatriz Pires

O Centro de Apoio e Valorização à Infância (CAVI) de Itu é uma entidade sem fins lucrativos, criada oficialmente em 30 de agosto de 2002. Porém, a presidente da instituição, Sandra Molini, relata que desde 2011 muitas coisas mudaram na entidade. “O CAVI começou com um grupo de pessoas que acreditavam que tirar as crianças da rua era algo importante para a cidadania. No início, o objetivo era trazer as crianças para brincarem, fazerem dobradura, artesanato” explica.

Atualmente, o local acolhe 47 crianças, a maioria de baixa renda, de 6 a 12 anos. Elas são atendidas de segunda a sexta-feira, em dois horários: no período da manhã, os alunos entram às 8h30 e saem às 10h30. Já no período da tarde, o horário de aulas é das 13h30 às 16h30. Nesse tempo, as crianças têm diversas atividades como taekwondo, judô, flauta, informática, artes e artesanatos, contação de estórias, dança, xadrez, cidadania, recreação, além de reforço escolar de português e matemática.

Para realizar todas essas atividades, ministradas por profissionais que são pagos e por voluntários, a entidade conta com a ajuda de doações de cupons fiscais e algumas parcerias.

A assistente social, Cláudia Machado, que também trabalha no local, enfatiza que um dos problemas enfrentados é a falta fala de recursos, principalmente por parte da Prefeitura. “É repassado, através do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), R$ 5 mil para gastar em 12 meses com quase 50 crianças. É até uma vergonha”, desabafa.

Por conta dessa situação, a presidente destaca que a entidade necessidade de ajuda. “Nós precisamos de patrocínio. Por exemplo, no judô, cada semestre tem a defesa das faixas. Cada criança nos custa R$ 60,00 só para o exame. O uniforme custa quase R$ 100,00” justifica.

Um dos sonhos de Sandra é ter uma oficina de costura de pijamas para que os familiares também possam participar do projeto. “Nossas crianças normalmente dormem com a roupa do corpo. Se as mães, as irmãs, as tias, vêm e aprendem a fazer o pijama, as crianças começam a se adequar de que a hora de dormir é com aquela roupinha”. Outro plano é ir além dos pijamas. “Com o tempo, os uniformes que nós pagamos para fazer, faríamos aqui”, acrescenta.

Para Sandra, a grande proposta do CAVI é incentivar a cidadania e o lado afetivo. “Disciplina sem afetividade você cria robôs, mas afetividade sem disciplina você cria irresponsáveis. Então, nós temos essa preocupação, de mostrar a eles que eles podem tudo, dentro das responsabilidades”, ressalta.

 

Como ajudar?

O CAVI aceita doações de alimentos, roupas e brinquedos, além de dinheiro. Outro tipo de ajuda que pode ser prestada é por meio do voluntariado, já que a instituição necessita continuamente de voluntários para a ampliação das atividades assistenciais e eventos.

A presidente ressalta que qualquer tipo de ajuda é bem-vinda, porém, tem que haver comprometimento. “Precisamos de pessoas que se responsabilizem pelo começo, meio e fim”, aponta. Mais informações pelo telefone (11) 4013-3900.