Cervejaria holandesa Heineken conclui a aquisição da Brasil Kirin

Transação foi aprovada sem restrições pelo CADE. Empresa reforça que portfólio ficará mais forte com a aquisição das novas marcas

A Heineken anunciou ontem (2) a conclusão da transação para adquirir a Brasil Kirin, empresa com sede em Itu. O fechamento da transação segue o cumprimento de todas as condições precedentes, conforme acordado em 13 de fevereiro de 2017, quando a cervejaria de origem holandesa anunciou um acordo para adquirir a empresa.

A aquisição da companhia de origem japonesa custou 664 milhões de euros. Em 24 de maio de 2017, a empresa recebeu a aprovação regulamentar necessária do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para a aquisição da Kirin. A transação foi aprovada sem qualquer restrição.

Conforme detalhado no comunicado de 13 de fevereiro de 2017, a Heineken acredita que a transação oferece benefícios estratégicos para seus negócios no Brasil. Ela consolidará a presença da companhia no mercado brasileiro, ampliando seu alcance em todo o país, além de gerar um aumento significativo de escala.

“O portfólio da Heineken ficará mais forte, com marcas que vão acelerar a ‘premiunização’, como Heineken, Sol, Baden Baden e Eisenbahn. Ao mesmo tempo, esse novo portfólio permitirá um crescimento maior de marcas bem consolidadas, como Schin, Bavaria, Kaiser, Amstel e Devassa nos segmentos mainstream, e marcas de não alcoólicos, como Viva Schin, Itubaína e Água Schin”, informa a empresa em comunicado à imprensa.

Crescimento

O novo cenário deve aumentar ainda mais a exposição e crescimento da Heineken em mercados em desenvolvimento e permite que a companhia gere valor no longo prazo como a segunda maior no segmento de cervejas, com aproximadamente 20% de participação de mercado.

“A Heineken reforça que pretende alavancar o sistema de distribuição da Brasil Kirin para comercializar o portfólio da Heineken no futuro. Hoje, os produtos Heineken Brasil são distribuídos pelos engarrafadores da Coca Cola no Brasil. A companhia espera, por meio dessa aquisição, atingir sinergias de custos, produção e logística e a otimização das cervejarias e das despesas gerais”, prossegue o comunicado. Porém, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo” a Heineken pretende utilizar o sistema de distribuição da Brasil Kirin para comercializar o portfólio da companhia.

A cervejaria ainda comunicou que a equipe de liderança da nova organização está sob o comando de Didier Debrosse, que segue como presidente da companhia.