CEUNSP deve implantar curso de Medicina em Itu
O Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) está em fase final das tratativas para a implantação do curso de Medicina na cidade de Itu. Na última terça-feira (07), o prefeito Guilherme Gazzola (PP) e a secretária municipal de Saúde, Janaina Camargo, se reuniram com o reitor do CEUNSP, Professor Doutor Marcel Cardozo, e com o coordenador geral de Graduação da referida instituição, Professor Doutor Amilton Iatecola, quando foram informados sobre a novidade.
Segundo a Prefeitura, a equipe de gestores do CEUNSP trabalha para viabilizar a implantação do curso de Medicina no campus de Itu e tem recebido excelentes avaliações em cada etapa desse processo. A expectativa é que, em cumprindo todas as exigências do Governo Federal e recebendo autorização para a implantação do curso, no próximo ano o CEUNSP tenha sua primeira turma de Medicina.
“Ter um curso de Medicina em nossa cidade é uma grande conquista para Itu. A formação acadêmica de médicos, o fomento à ciência, o convívio com esses alunos e as trocas de experiências serão extremamente saudáveis. Sem dúvida, um incremento à Educação e Saúde, duas áreas que sempre foram prioridades no governo Guilherme Gazzola”, avalia Janaina Camargo.
Ainda de acordo com a Prefeitura, durante o encontro, os representantes da instituição elogiaram o prefeito Guilherme Gazzola e a secretária Janaina Camargo pela qualidade do serviço municipal de saúde que é oferecido à população ituana. O chefe do Executivo e a secretária de Saúde reiteraram o apoio à instituição.
Histórico
A vinda do curso de Medicina para Itu é um sonho antigo. Em 2017, o prefeito Gazzola aproveitou a vinda do então presidente Michel Temer (MDB) para solicitar a liberação da formação para a cidade. Na época, o grupo educacional Cruzeiro do Sul, mantenedor do CEUNSP, informou “que está sempre investindo em infraestrutura e novos cursos, mas que neste momento não tem previsão de anunciar novidades”.
Um dos entraves, porém, foi uma portaria assinada em 2018 pelo próprio Temer que suspendia a criação de novos cursos de Medicina por cinco anos. De acordo com o então ministro da Educação, Mendonça Filho, a medida se justificava pela necessidade de fazer uma avaliação e adequação da formação médica no Brasil. Segundo ele, tinha sido grande o número de cursos abertos no país nos últimos anos e, naquele momento, era preciso “zelar pela qualidade”.
O prazo de cinco anos passou e novos cursos de Medicina começaram a ser liberados pelo País. Em outubro passado, o Governo Federal definiu quantas novas vagas da referida formação poderão ser abertas por faculdades privadas em cada estado nos próximos anos.
No total, poderão ser abertas até 5.700 vagas, distribuídas em, no máximo, 95 novos cursos. Mas eles poderão se instalar apenas em um dos municípios previamente definidos pelo governo. Foram pré-selecionados 1.719 municípios que façam parte de regiões com características como ter média inferior a 2,5 médicos por mil habitantes e possuir hospital com pelo menos 80 leitos.
No Estado de São Paulo, por exemplo, podem ser abertos pelas faculdades privadas 13 cursos com 780 vagas em 145 municípios. Cada curso poderá ter até 60 vagas, sendo limitados pelo número de vagas por estado.