Christian Arntsen assume presidência da multinacional Starrett no Brasil
O executivo Christian Arntsen é o novo presidente da Starrett no Brasil, uma das maiores fabricantes de serras, ferramentas e instrumentos de medição do mundo, com fábricas nos Estados Unidos, Escócia, China e Brasil. Ele substitui Salvador Camargo Junior, que ocupou o cargo durante 12 anos.
O projeto de transição teve início há cerca de dois anos, quando foi criado o cargo de vice-presidente para que Arntsen pudesse transitar entre os departamentos e começar, de forma efetiva, a sucessão. A posição não existia em nenhuma Starrett no mundo e foi suprimida da unidade do Brasil após a posse como presidente.
Há 21 anos na empresa, o executivo ressalta que o seu primeiro objetivo é dar continuidade à história de sucesso que a Starrett construiu no país e para isso salienta que é preciso manter os seus quatro principais pilares: os acionistas, os clientes, os funcionários e a comunidade.
“Precisamos continuar a dar aos acionistas o retorno dos seus investimentos; aos clientes, produtos de qualidade, eficiência de entrega e preços competitivos; aos nossos funcionários, a promessa de perpetuarmos a nossa visão, que é a de gerar empregos e oportunidades para que as pessoas possam criar carreiras aqui dentro; e o nosso quarto pilar, que é a comunidade de Itu”, afirma.
“Temos uma consciência muito grande em poder retribuir e devolver à comunidade. Num primeiro momento, por meio da geração de empregos, riqueza e desenvolvimento, e também com um trabalho beneficente muito forte, contribuindo com entidades, patrocinando eventos locais, além de atletas da cidade, como Marcelo Chierighini”, prossegue Arntsen.
Futuro
Daqui para frente, Arntsen explica que pretende fazer algumas mudanças, principalmente no sentido de preparar a empresa para o futuro. “Essa é a necessidade de uma companhia tradicional como a Starrett, da velha economia, de se reinventar para um futuro de inovação, de tecnologia, mas também de muitas incertezas. Não podemos ter uma estrutura muito pesada, precisamos ser mais ágeis nas respostas”, explica.
Esse processo já começou no início do ano, com uma reunião entre o grupo de planejamento estratégico formado pelas principais lideranças da companhia. Os executivos foram em busca de uma empresa incubadora de startups para se aprofundarem em temas como a Internet das Coisas, Indústria 4.0, Realidade Aumentada e Realidade Virtual, entre outras tecnologias.
“A iniciativa foi primordial para abrir os nossos horizontes. Porque na indústria, quando se fala em inovação, é sempre ligada a produtos ou serviços, mas pode estar inserida em tudo o que fazemos. A inovação tem que vir também em processos internos, na forma como trabalhamos no dia a dia, nas relações de trabalho, na informática, com sistemas que podem nos ajudar a sermos mais ágeis, rápidos, eficientes, e assim também mudar, inclusive, a nossa forma de pensar”, aponta.
“O maior desafio daqui para frente é poder motivar e criar essa mentalidade de agilidade e inovação na fábrica inteira, nos escritórios e no chão da fábrica, para que consigamos incutir na nossa equipe esse espírito empreendedor, de agilidade e de inovação, em tudo que fazemos”, conclui Arntsen.