Cinerama | A Mulher no Jardim

Uma mulher vestida de preto da cabeça aos pés aparece misteriosamente no jardim da casa de Ramona (Danielle Deadwyler). Uma tragédia tomou conta da dona da residência que, após sobreviver a um acidente de carro no qual perdeu seu marido, precisa agora cuidar sozinha de seus dois filhos, um menino de 14 anos e uma menina de 6 anos.

Devastada pelo luto e com uma perna praticamente imóvel e ferida devido a fatalidade, Ramona acredita que a mulher na frente de seu quintal está apenas perdida ou demente. Mas, quanto mais perto ela se aproxima da casa, mais claro fica que suas intenções são outras: pouco pacíficas e bem mais tenebrosas. 

Essa figura sombria passa os dias declarando mensagens enigmáticas e ameaças assustadoras e perturbando o cotidiano da família. Sem saber os motivos, só resta a Ramona lutar contra essa força espectral e proteger a si mesma e seus filhos, buscando sobreviver a qualquer custo. 

“A Mulher no Jardim” tem uma premissa legal, é bem autocontido (se passa em apenas uma locação, com breves flashbacks) e conta com bons momentos da direção de Jaume Collet-Serra, que já se provou um diretor competente em longas como “Bagagem de Risco”, “A Orfã”, “A Casa de Cera” e “Águas Rasas”.

Porém, não gostei do desenvolvimento do segundo ato e o final é um tanto sem graça. A trama passa a sensação de ir do nada a lugar nenhum. A figura imponente da atriz Okwui Okpokwasili no papel da mulher misteriosa se perde no roteiro pouco inspirado de Sam Stefanak. Fica, no geral, aquela impressão de que o filme poderia ser bem melhor do que de fato é. Ganha pontos por ter menos de 1h30 de duração.

Nota: ★★★

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