Cinerama: Capitão América: Admirável Mundo Novo

Mais um filme de super-herói chegou aos cinemas dividindo opiniões. “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, que estreou na semana passada, não é a bomba que estão dizendo, mas também está longe de trazer qualquer frescor para os filmes da Marvel – que seguem com a mesma cara desde sempre, mudando os personagens e uma coisa aqui e acolá.

No novo filme (o quarto do personagem e o primeiro tendo o Sam Wilson de Anthony Mackie vestindo o manto bandeiroso), após a eleição do general Thaddeus Ross (Harrison Ford, que entra no papel do falecido William Hurt) como presidente dos Estados Unidos, Sam se encontra no meio de um incidente internacional e deve trabalhar para deter os verdadeiros culpados.

Tentando emular o thriller político do segundo capítulo (“O Soldado Invernal”, talvez o melhor do herói até agora), “Admirável Mundo Novo” ganha demais com o talento e a experiência de Harrison Ford e acerta em fazer uma trama mais enxuta. As cenas de ação são bem empolgantes também, especialmente as iniciais.

Apesar disso, o filme erra em não explorar melhor o peso de ter um Capitão América negro e também em insistir em muitas conexões com outras séries e filmes da Marvel, tornando tudo um verdadeiro balaio de gato. O longa ainda sofreu muito com as refilmagens. São perceptíveis os “remendos” na trama, impedindo que o diretor Julius Onah (de “Luce”) esboce qualquer traço de autoralidade à obra.

Para piorar, o filme traz personagens dispensáveis, subtramas que vão do nada a lugar nenhum e um roteiro extremamente expositivo. O fã da Marvel pode gostar de uma referência ou outra aos gibis. O espectador comum, talvez se divirta com a aventura. Já o fã de cinema mesmo vai se decepcionar com uma produção sofrível…

Nota: ★★★

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