Cinerama: Creed III
Drama, 2023 | Direção: Michael B. Jordan | Duração: 1h55 | Classificação indicativa: 12 anos | Em cartaz no Cine Plaza
O terceiro capítulo da franquia “Creed” sem a direção de Ryan Coogler e a presença de Sylvester Stallone – o eterno Rocky Balboa – tinha tudo para dar errado. Mas a estreia de Michael B. Jordan como diretor não compromete e resulta num filme bem honesto. Não chega aos pés do primeiro, mas se equipara ao segundo – tendo momentos até mais interessantes, aliás.
O novo capítulo mostra Adonis Creed (Jordan) tendo que enfrentar o passado quando um antigo amigo (vivido por Jonathan Majors) ressurge. O contato inicial entre os dois revela que algo não ficou bem resolvido. Ao mesmo tempo que precisa lidar com essa questão, Creed passa a conviver com a aposentadoria dos ringues e a vida de marido e pai.
A trama é bem simples e previsível. Mas tanto Jordan quanto Majors vão bem nos papéis e funcionam tanto quanto amigos quanto antagonistas. O filme traz flashbacks para contextualizar as rugas entre os dois, mas, na minha opinião, não foi algo muito efetivo. Outra coisa que não funcionou foi a inclusão de um dilema familiar de Creed, em relação à mãe dele (vivida por Phylicia Rashad), que simplesmente foi “jogado” pelo roteiro.
De positivo, o longa tem cenas de luta muito bem filmadas – o que, num filme sobre boxe, é essencial. Os socos são tão reais que o espectador parece senti-los! Ponto para Jordan, que faz uma boa direção e traz soluções interessantes para que o filme não fique no mais do mesmo. Em resumo, “Creed III” aposta no simples e não inova, mas isso em nada compromete e o resultado final é interessante.