Cinerama | Missão: Impossível –  O Acerto Final

Não tem como ir ao cinema para ver um filme da franquia “Missão: Impossível” e esperar algo muito crível. A suspensão da descrença tem que estar em alta para acompanhar as peripécias de Ethan Hunt (Tom Cruise, cada vez mais canastrão e carismático), especialmente nos últimos capítulos, onde a escala da ação desenfreada alcançou patamares jamais vistos antes.

Em “Missão: Impossível –  O Acerto Final”, que promete ser o último longa-metragem da saga iniciada em 1996 e baseada na série de TV criada por Bruce Geller na década de 1960, tudo é over. São personagens demais, são cenas de ação demais, são desafios ainda mais impossíveis… e, incrivelmente, tudo funciona de forma decente. 

No novo filme dirigido novamente por Christopher McQuarrie (diretor dos últimos quatro, incluindo o excelente “Efeito Fallout”), Ethan e sua equipe estão em uma missão para encontrar e destruir uma inteligência artificial conhecida como A Entidade. A viagem ao redor do mundo dá origem a cenas de ação incríveis e mais de uma reviravolta inesperada.

Mesmo com tantas “mentiradas” cada vez mais impensáveis, não tem como se distrair tamanho o volume de ação em tela. É uma sequência mais explosiva e instigante que a outra, fazendo com que o espectador não se desinteresse pela trama (simples e ao mesmo tempo cheia de elementos) em nenhum momento.

Apesar de centrado na ação, o filme abre espaço para discutir os perigos da IA no contexto geopolítico mundial, em que a desinformação corre solta pela internet e poderosos cada vez mais lunáticos estão no comando das nações – ao menos em “Missão: Impossível” a presidenta Erika Sloane, vivida por Angela Bassett, parece ter a cabeça no lugar. No geral, o filme representa um final digno para encerrar (será?) uma série tão necessária para a história do cinema de ação. Vale a pena conferir.

Nota: ★★★★

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