Cinerama: novo “Thor” diverte do começo ao fim, mas não inova
Thor: Love and Thunder, Ação/Aventura, 2022
Direção: Taika Waititi | Em cartaz no Cine Plaza
Nota: ★★★☆☆
Uma comédia romântica espacial, com direito a inusitado triângulo amoroso, ao som de Guns N’ Roses – sim, é exatamente isso o que você leu. Assim é “Thor: Amor e Trovão”, a quarta aventura solo do herói da Marvel Comics nos cinemas, que estreia nesta quinta-feira (07).
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Mas o Deus do Trovão vivido novamente por Chris Hemsworth não está tão sozinho assim no filme, ganhando o reforço da Poderosa Thor (Jane Foster/Natalie Portman) em uma luta mortal contra Gorr (Christian Bale), o carniceiro dos deuses, que, como a alcunha bem diz, quer acabar com todas as divindades.
No filme, o diretor Taika Waititi abraça de vez a galhofa e desnuda os deuses – literalmente. Só que não apresenta nada de diferente do que já havia alcançado, com brilhantismo, em “Thor: Ragnarok”. O timing cômico é ótimo e Hemsworth está cada vez mais à vontade no papel, mas o filme tem um tom episódico forte e não parece ter consequências mais profundas para o Universo Cinematográfico da Marvel. Isso até seria bom não fosse a falta de peso para as decisões tomadas pelo roteiro, escrito por Waititi em parceria com Jennifer Kaytin Robinson.
Além disso, não terem aprofundado os personagens de Bale (que tem disparado a melhor atuação do longa) e Portman (que traz um frescor único para a franquia) foi uma escolha equivocada. Eles mereciam mais tempo de tela. No geral, “Thor: Amor e Trovão” arranca risadas do começo ao fim, mas se resume a isso – o que, obviamente, está longe de ser ruim.