Cinerama | Novocaine: À Prova da Dor

Novocaine, Ação/Thriller, 2025 | Direção: Dan Berk, Robert Olsen | Classificação indicativa: 18 anos | Duração: 1h50 | Em cartaz nos cinemas
Filmes de ação estão sempre em alta, mas ultimamente uma nova leva vem surgindo com propostas mais ousadas e uma direção elegante. “Novocaine: À Prova de Dor” vem nessa esteira. Mas confesso que fui ao cinema esperando um “John Wick” genérico diante de tanta saturação desse gênero cinematográfico, mas o resultado é muito bom e me surpreendi positivamente.
Na trama, Jack Quaid vive Nathan Caine, um gerente de banco que nasceu com CIPA, uma rara condição genética que o torna incapaz de sentir dor física. Ele vive uma vida pacata e cercada de cuidados até que sua rotina muda completamente quando Sherry (Amber Midthunder), uma colega de trabalho por quem se apaixona, é sequestrada durante um assalto ao banco. Com isso, Nathan usa a imunidade à dor a seu favor e parte em busca dela, se metendo em grandes enrascadas.
Dirigido pela dupla Dan Berk e Robert Olsen, o filme tem ótimas cenas de ação e a comédia é muito bem encaixada, dosando a apreensão e o riso na medida certa. Jack Quaid está ótimo no papel principal, acertando especialmente no timing cômico. Sem poupar o espectador de tiro, porrada e bomba, o filme é sagaz em subverter alguns clichês do gênero e reserva plot twists muito bons – um especial foi capaz de arrancar expressões de incredulidade de todos os presentes na sala de cinema. O único senão talvez seja pela falta de profundidade de alguns personagens secundários e de o passado de Nathan não ser tão explorado.
Combinando tensão, drama, comédia e ação, “Novocaine: À Prova de Dor” é a prova de que o “feijão com arroz” bem feito pode resultar num excelente prato principal. Assistiria a uma série se passando nesse universo facilmente.
Nota: ★★★★