Cinerama: “O Telefone Preto” não assusta como deveria

The Black Phone, Suspense/Terror, 2022
Direção: Scott Derrickson | Em cartaz no Cine Plaza

Nota: ★★★☆☆

Novo filme da produtora Blumhouse (a mesma dos ótimos “Fragmentado” e “Corra!”), “O Telefone Preto” tem uma premissa interessante. A trama mostra o sequestro de um garoto (interpretado por Mason Thames) que, no cativeiro, passa a receber dicas de como escapar vindas das vítimas anteriores do sequestrador (vivido pelo sempre excelente Ethan Hawke). Paralelamente a isso, a irmã do menino (Madeleine McGraw) tem sonhos que mostram indícios de seu paradeiro.

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A produção traz uma mistura interessante entre suspense e terror sobrenatural e que conta com um elenco muito bom, principalmente o mirim – Madeleine, por exemplo, é uma grata surpresa. Mas o longa dirigido por Scott Derrickson (de “Doutor Estranho”) acaba errando a mão em alguns pontos, inclusive um dos principais: não assusta como deveria.

Tirando um jump scare (que são aqueles sustos “do nada”) e outro, o filme dificilmente amedronta o espectador. Além disso, as motivações do sequestrador não são exploradas, impedindo que Hawke brilhasse em cenas mais profundas – queria mais dele em tela. Apesar disso, o filme baseado em um conto de Joe Hill (sim, o filho de Stephen King e Tabitha King) tem ideais interessantes e é bem filmado. O filme estreia nesta quinta-feira (21) nos cinemas.