CIS afirma que não haverá racionamento neste ano em Itu

Bacia do Itaim conta com apenas 10% de sua capacidade atualmente, segundo a CIS (Foto: Divulgação/CIS)

Com a chegada da estiagem, uma das grandes preocupações dos moradores de Itu é com relação ao abastecimento de água. Em algumas localidades, há reclamações de desabastecimento. Porém, de acordo com a CIS – Companhia Ituana de Saneamento, a possibilidade de racionamento na cidade está mais uma vez descartada.

“Não teremos mais racionamento de água em Itu. De 2017 até hoje, a CIS transformou a realidade hídrica da cidade. A finalização do Sistema Utu-Guaçu é a conclusão deste trabalho, que trará para Itu 600 litros de água por segundo o ano todo, 22 km de tubulação e 100% da demanda hídrica da cidade atendida”, afirma o superintendente da autarquia, Reginaldo Santos.

Segundo a CIS, o Sistema Utu-Guaçu deve entrar em pré-operação no final de julho. “Sozinho, ele supre a capacidade atual da ETA Rancho Grande, responsável por atender cerca de 80% da população ituana”, explica Santos.

Ele também pontua outras obras realizadas pela CIS, como as três novas captações de água que não dependem da chuva (Sistemas Mombaça, Pirajibu e Utu-Guaçu), desassoreamento das represas Gomes, São Miguel e Braiaiá e a construção de seis novos reservatórios de água tratada (Rancho Grande, Potiguara, Parque das Indústrias, Vila Esperança, Vila Progresso e Pirapitingui, este último ser anunciado).

Mas, como já dito, ainda há localidades em que o problema persiste. São, como a CIS nomeia, as “pontas de rede”, os pontos de menor pressão de abastecimento de água da cidade. “Aqui no Jardim dos Ipês todos os dias falta água, a partir das 9h já não se tem mais água nas torneiras, isso quando vem”, relata uma moradora. “No Itaim todos os dias à tarde não tem água”, relata outra.

Segundo Reginaldo Santos, a CIS iniciou, no final de abril, a troca de tubulações nas “pontas de rede”. “Inicialmente serão trocados cinco quilômetros de redes nos bairros Vila Nova, Jardim Faculdade, Vila São José, Liberdade, Nossa Senhora da Candelária, Chácaras Primavera e Rancho Grande. As regiões também serão setorizadas, ou seja, registros serão instalados junto da nova tubulação para melhorar o controle da pressão de abastecimento. Novos reservatórios de água tratada como no Parque das Indústrias e Vila Esperança também vão auxiliar nesta questão”, afirma o superintendente.

Mais ações

Outra ação iniciada pela CIS em 13 de maio consiste em uma série de medidas para aprimorar o abastecimento de água nos bairros atendidos pelos dois reservatórios localizados na Vila Esperança (Vila Rica). Os bairros beneficiados incluem Jardim dos Ipês, Itaim I e II, Itaim Guaçu, Jardim São José, Vila São José, Nossa Senhora da Candelária, Presidente Médici, Vila Esperança, Mayard, Jardim Santa Tereza, Jardim Convenção, Jardim Alberto Gomes e Portal da Vila Rica.

“O objetivo é reduzir as intermitências de abastecimento de água causadas pelo consumo acima da média em dias de maior temperatura”, frisa Santos. Uma das principais ações consiste no envio de caminhões pipa abastecidos na Estação de Tratamento de Água (ETA) Pirapitingui para complementar o abastecimento diretamente nos reservatórios da Vila Esperança.

“Essa logística otimizada entre a estação de tratamento e os dois equipamentos resulta em maior fluidez no fornecimento de água. Além disso, em situações de maior dificuldade, a CIS poderá atender demandas em domicílio após avaliação técnica”, prossegue.

Ele também explica que, em médio e longo prazo, são previstas mais trocas de redes, já que a cidade conta com uma malha de mais de 600 km de tubulações e boa parte é muito antiga. Até o momento a CIS já trocou cerca de 60 km de redes.

Sobre a situação da Bacia do Itaim, que tem apenas 10% de sua capacidade preenchida, Reginaldo Santos explica que a mesma é dedicada a abastecer apenas a região do Potiguara. “Com isso, apesar da capacidade reduzida, conseguimos manter o abastecimento de forma plena. A entrega do novo reservatório de água no Potiguara com capacidade para 1 milhão de litros, em 2022, também garante mais segurança na distribuição de água”, explica.

Além das obras, a CIS também promove ações visando o consumo consciente de água. A autarquia segue recebendo denúncias em seu WhatsApp (11) 94354-0219. A multa tem o valor de uma nova ligação de água, que custa hoje R$ 599,78, e, somente neste ano, foram aplicadas quatro multas.

Outras obras

Este ano, além do Sistema Utu-Guaçu, a CIS irá integrar os novos reservatórios de água tratada do Parque das Indústrias (dois milhões de litros) e Vila Esperança (um milhão de litros) à rede de distribuição, até julho. Os novos reservatórios da Vila Progresso (500 mil litros) e Pirapitingui (2 milhões de litros) devem ser entregues até o final de 2024.

“Também vamos ampliar a capacidade de tratamento da ETA Rancho Grande com um sistema projetado para processar até 140 litros de água por segundo. Esse equipamento será integrado às operações já em curso no local, elevando a capacidade total de tratamento de 600 para 740 litros por segundo. A obra deve ser finalizada no início de agosto de 2024”, finaliza Santos.

A CIS está operando os mananciais com 78,5% de sua capacidade. O nível tem se mantido nas últimas semanas. Veja os números das represas:

PIRAPITINGUI (ETAs Portal do Éden e Hospital):

• Bacia do Pirajibu (captação que não seca): 100%

• Bacia do São Miguel: 95%

• Bacia do São Miguel / Varejão: 95%

CENTRAL (ETAs Itaim e Rancho Grande):

• Bacia do Mombaça (captação que não seca): 100%

• Bacia do São José 100%

• Bacia do Gomes: 85%

• Bacia do Braiaiá: 70%

• Bacia do Taquaral / Pirapitingui: 55%

• Bacia do Itaim: 10%

• Sistema Utu-Guaçu: em breve.

Um comentário em “CIS afirma que não haverá racionamento neste ano em Itu

  • 22/05/2024 em 07:26
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    Moro no Parque Jardim das Rosas… E esperamos a anos que a CIS regularize o fornecimento de água com a pressão adequada que permita o abastecimento da residência . A necessidade de uso de bomba de recalque para encher a caixa é diária!
    São inúmeros os comunicados para a Agência Reguladora comunicando o que acontece, sem nenhuma ação efetiva.
    Esperamos que a próxima gestão municipal seja mais competente.

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