Com atendimento “no limite”, Prefeitura não descarta novos leitos de Covid-19
Apesar das boas notícias referentes à antecipação da vacinação em todo o Estado de São Paulo e o bom ritmo de imunização na cidade, a pandemia volta a atingir números preocupantes em todo o Brasil. Isso é refletido nos serviços de atendimento a pacientes com Covid-19 também em Itu.
Nesta semana, a reportagem recebeu denúncia de uma mulher cuja a mãe aguardava ser atendida no CAEC (Centro de Atendimento Especializado em Covid) do Padre Bento. Segundo ela, o local estava cheio, apesar de respeitando o distanciamento, com tempo de espera superior a três horas.
Em contato com a Prefeitura, a reportagem do JP foi informada que “o Brasil enfrenta um novo pico de contágio e, em Itu, a situação não é diferente”. Segundo a administração, os três serviços especializados em Covid (o CAEC do Centro, Pirapitingui e o Pronto Atendimento na Santa Casa) estão trabalhando no limite devido ao aumento expressivo de casos.
A preocupação aumenta também com a lotação máxima nos leitos de UTI (unidade de terapia intensiva), o que ocorreu por diversos dias nesta semana e na última. Segundo a Prefeitura, hoje a cidade conta com 53 leitos de UTI e 80 de enfermaria pelo SUS, sendo que não há filas de espera. São realizados, via SUS, cerca de 200 testes diários na cidade.
A administração, porém, reforça que, desde o início da pandemia, nenhum munícipe de Itu ficou sem atendimento. “Independente disso, a situação é avaliada diariamente e a ampliação de leitos não é descartada”, afirma, apontando ainda que os casos mais recentes de internação contam com pacientes de ambos os sexos com idades acima de 40 anos.
Itu atingiu, na última quinta-feira (17), a marca de 400 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Comparando o avanço da doença no município, de acordo com o boletim divulgado pela Prefeitura de Itu na última quinta-feira (17), junho já ultrapassou maio no número de mortes pela Covid-19. Em todo o mês de maio, a cidade registrou 43 mortes, com junho tendo 47 óbitos.
Quanto ao número de casos, ainda comparando maio/junho, o quinto mês de 2021 registrou 2.747 novos casos da doença, enquanto ainda de acordo com o boletim do dia 18, junho contava com 2.116 novos casos – com tendência de aumento.
Mesmo com a proximidade da vacinação e a reabertura de diversos setores da economia, não é momento de relaxar. Os especialistas e autoridades públicas destacam que é preciso seguir com os cuidados, mantendo o distanciamento social, usando máscara e álcool em gel e não promovendo aglomerações.
Máscara
O conselheiro da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), Ricardo Assoni, destaca que as máscaras do tipo PFF2 são ideais para a utilização em ambientes abertos e fechados e indicada para evitar a propagação das novas cepas do vírus, cada vez mais resistente, pois consegue filtrar o vírus e proporcionar maior proteção.
A PFF2, também conhecida como N95 (classificação americana) ou FFP2 (na Europa), diferencia-se das outras máscaras, pois tem um alto poder de vedação. O modelo filtra acima de 95%, protege contra aerossóis, que são partículas menores que ficam suspensas no ar no ato de espirrar, além das gotículas.
Para obter a certificação, a máscara passa por diversos ensaios realizados por laboratórios acreditados pelo Inmetro. Os testes nestes produtos devem ser feitos em condições de temperatura e umidade ambiente, e conduzidos de forma que o ar ou o aerossol de ensaios passe por toda a superfície de entrada durante o seu uso.