Comerciantes querem acabar com o Carnaval na região central de Itu

Alegação é de que a região central não possui segurança para a realização do evento

O Carnaval de Rua de Itu está ameaçado. Comerciantes e moradores da região central protocolaram um abaixo-assinado junto à Promotoria de Justiça, solicitando o cancelamento da festa no Centro Histórico da cidade. Entre outros argumentos, o documento cita que as festividades ferem a “Lei do Silêncio” e geram problemas de vandalismo.

Comerciante da Rua Barão do Itaim e responsável pelo abaixo-assinado, Tereza Cristina Santoro afirma que o problema não é com o Carnaval em si, mas com as consequências da festa. “Não sou contra o Carnaval de Itu; sou contra o vandalismo no Centro. Dois finais de semana da Festa Italiana já mostraram como ficam as ruas da cidade”, ressalta.

Para Tereza, a situação poderia ser resolvida se houvesse mais fiscalização no local. “Fico indignada de ver o que Itu era no passado e o que é hoje. Basta andar pelo Centro à noite para notar como há brigas e barulho de pessoas brigando. Se tivesse policiamento, não teria problema”, afirma.

A comerciante ainda observa que muitos moradores das ruas centrais aderiram ao abaixo-assinado, pois têm dificuldades para acessar suas residências durante o Carnaval. “É tanta gente reunida que os carros não conseguem mais passar. As senhoras ficam indignadas com o som o alto e o barulho de brigas. Não é aquele carnaval gostoso; é vandalismo”, destaca.

Posicionamentos

A reportagem do JP também entrou em contato com a promotoria de Itu na tarde de ontem (1°), porém, a informação recebida é de que o funcionário responsável pelo setor de protocolos não tinha ido trabalhar nesta segunda-feira.

Também questionada pelo “Periscópio” se havia sido notificada sobre o assunto, a Prefeitura de Itu informou que “tomou conhecimento do assunto por meio de ofício da 2ª Promotoria de Justiça, referente a uma representação civil solicitando informações sobre a realização do carnaval de rua. A Prefeitura destaca que já está respondendo aos questionamentos e aguarda o posicionamento do Ministério Público”.

O “Periscópio” está tentando ter acesso a esse abaixo-assinado para que na edição de quinta-feira, dia 4, possa publicar os nomes das pessoas que pedem pelo fim da folia de momo nas ruas do Centro.