Como a suplementação, tecnologia e exercícios podem ser grandes aliados para a saúde articular

O tratamento das doenças articulares tem evoluído significativamente, indo além da medicação tradicional e incorporando estratégias como suplementação, tecnologias de monitoramento e prática regular de exercícios físicos. Essa abordagem integrativa tem mostrado resultados promissores na melhora da qualidade de vida de pacientes com condições como osteoartrite e artrite reumatoide.
A creatina, conhecida por seu uso entre atletas para ganho de massa muscular e desempenho físico, também tem sido estudada por seus efeitos positivos em pacientes com doenças articulares. Ela pode contribuir para o fortalecimento muscular e, indiretamente, para a redução da dor nas articulações e melhora da função articular. A Dra. Fernanda Rodrigues destaca que a creatina vai além do universo esportivo, sendo uma aliada importante para quem sofre com essas condições. No entanto, ela ressalta que mais estudos clínicos são necessários para compreender completamente seus efeitos e garantir sua eficácia e segurança.
Outros suplementos, como glucosamina, condroitina, ômega-3 e vitamina D, também estão sendo investigados por seus potenciais benefícios na saúde articular. Embora os resultados ainda não sejam conclusivos, há expectativa de novas evidências que possam reforçar seu uso. A suplementação, no entanto, deve sempre ser personalizada e acompanhada por um profissional de saúde.
A tecnologia também tem se mostrado uma ferramenta valiosa no cuidado com as articulações. Dispositivos vestíveis — como relógios e pulseiras inteligentes — permitem o monitoramento contínuo de dados relevantes, como atividade física, sono, frequência cardíaca e até níveis de hidratação e glicose. Esses dados ajudam na detecção precoce de alterações no estado de saúde, possibilitando intervenções mais eficazes e evitando o agravamento de doenças. Contudo, o uso desses dispositivos deve ser avaliado com cautela, já que o excesso de informações pode gerar ansiedade em alguns pacientes. O equilíbrio e a personalização do uso tecnológico são fundamentais para sua efetividade sem impacto negativo na saúde mental.
A prática regular de exercícios físicos, por sua vez, é um dos pilares no manejo das doenças articulares. A reumatologia moderna abandonou a recomendação de repouso prolongado, valorizando atividades que promovam fortalecimento muscular, flexibilidade e resistência. Exercícios como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), quando adaptados à condição do paciente, têm se mostrado benéficos. O HIIT aquático, por exemplo, é especialmente indicado por reduzir o impacto sobre as articulações. Além dele, atividades de baixo impacto, como bicicleta ergométrica, esteira e elíptico, são boas alternativas. O acompanhamento profissional garante que os exercícios sejam adequados e seguros.
A combinação dessas abordagens — suplementação, exercícios físicos personalizados e tecnologias de monitoramento — forma um modelo de tratamento promissor para doenças articulares. A creatina, ao fortalecer os músculos, pode aliviar dores e melhorar a mobilidade. Os exercícios contribuem para resistência e flexibilidade, enquanto a tecnologia ajuda a ajustar o tratamento conforme a resposta individual do paciente.
Dra. Fernanda Rodrigues enfatiza que a supervisão médica contínua é essencial para o sucesso dessa abordagem integrativa. Ela defende que unir essas estratégias pode proporcionar não apenas alívio da dor, mas também preservar a função articular e controlar a progressão da doença, promovendo uma vida mais ativa e saudável para os pacientes.