Como escolher a escola do meu filho? 10 dicas para não errar!

Com o fim do ano chegando, alguns pais, insatisfeitos com a escola atual, decidem procurar uma nova instituição. A dúvida é recorrente: como escolher a escola do meu filho? Como saber qual é a melhor opção?

Escolher a primeira escola ou a nova instituição de ensino das crianças não é tarefa fácil para os pais. É preciso avaliar tanto os valores que são indispensáveis para a família quanto o valor financeiro, além de outros fatores como distância, trânsito e metodologia também fazem essa balança mudar.

Se você quer garantir o melhor espaço possível para que seu filho possa aprender e fazer amigos, continue a leitura. A psicopedagoga Luciana Nunes Vaccari Avi lista 10 dicas para saber como escolher a escola do seu filho.

1. Avalie a proposta pedagógica – Um dos elementos principais da proposta pedagógica é a capacidade de valorizar a educação como meio de humanização e interação pessoal. As escolas tradicionais, por exemplo, apresentam uma proposta mais voltada para a transmissão do conteúdo pedagógico por meio do professor, com foco na disciplina e na homogeneização do conhecimento. Já as escolas que seguem a proposta construtivista tendem a encarar o ensino menos como um método e mais como uma concepção, dando ao aluno mais liberdade para construir o próprio conhecimento de acordo com a sua individualidade.

2. Qualificação da equipe – Confira se há nutricionistas, pedagogos, psicólogo escolar e outros profissionais envolvidos no programa da escola. Pergunte se eles recebem capacitações e entenda com o coordenador o nível de formação dos profissionais envolvidos.

3. Descubra a conduta em situações difíceis – Pergunte como a escola acolhe as crianças e como reagirá caso o filho enfrente alguma dificuldade ou se sinta desconfortável.

4. Procure referências – É claro que a conversa com os profissionais do colégio é muito importante para conhecer melhor a proposta, mas são os pais das crianças que estudam na instituição é que poderão te falar com mais sinceridade sobre os aspectos positivos e negativos da escola.

5. Espaço físico também importa – Criança e adolescentes precisam de espaço para conviver com qualidade – não só para brincar na hora do recreio, mas conseguir ter um aprendizado com mais tranquilidade. Portanto, procure visitar a escola durante o horário de aulas e avaliar, por exemplo, se há um número muito grande de alunos por sala.

6. Preço e qualidade – O alto custo de uma escola particular não significa, necessariamente, boa qualidade educacional. Há excelentes escolas públicas com projeto pedagógico interessante, enquanto algumas escolas particulares têm projetos duvidosos.

7. A comunidade escolar – Ainda que você possa pagar a mensalidade, talvez não consiga acompanhar os hábitos daquela comunidade. Isso pode ser ruim para a criança, pois ela vai desenvolver um senso de inferioridade: é como se ficasse sempre atrás.

8. Atividades extracurriculares – Além disso, hoje, a maioria dos pais não tem disponibilidade para levar e buscar as crianças em muitas atividades ao longo do dia. No entanto, aulas de arte e esportes e outras atividades extracurriculares, além de proporcionarem um momento de lazer, contribuem bastante com a formação humana e acadêmica dos pequenos.

9. Flexibilidade de horário – Existem colégios que são extremamente rígidos com os horários de saída e entrada dos alunos. E isso pode causar dores de cabeça caso você precise levar ou buscar seu filho em horários alternativos. Cada escola tem seu método: há desde as que não aceitam atrasos até as que cobram taxas extras pelo tempo a mais que a criança permanece ali.

10. Avalie a distância – Verifique possibilidades onde seja possível levar seu filho caminhando ou que não fuja muito do seu trajeto no trânsito diário. Isso irá economizar tempo e irá garantir que os pequenos cheguem à escola e você até o trabalho sem atrasos.

Dica Plus! Observe também aspectos de segurança como: laudo de bombeiro, portaria, saída de emergência, primeiros socorros, higienização e por fim lanchonete.

Por fim, independente do que você ver na escola e do quanto aquilo lhe animar, deixe para tomar a decisão em casa. Revise as anotações, pese pontos positivos e negativos e, aí sim, é só fazer a matrícula e escolher a nova mochila!

Foto: Regina Lonardi/Divulgação

>>> Luciana Nunes Vaccari Avi
Formada em Pedagogia, Mestre em Educação Especial, com especialização em Psicopedagogia e ABA (Análise Comportamental Aplicada) com mais 25 anos de atuação na área educacional, como professora, coordenadora e diretora escolar, atende crianças e adolescentes com dificuldade de organização com os estudos, dificuldades de orientação e escolha profissional, dificuldades e atrasos de aprendizagem, TDAH, TEA e síndromes diversas. Instagram e Facebook @luciananunesvaccari.