Confira 10 dicas para uma troca de óleo eficiente
Manter o motor e os componentes muito bem lubrificados é essencial para o correto funcionamento do seu veículo. O óleo do motor é como o sangue em nosso corpo: para manter o motor “saudável”, é preciso que o óleo tenha boa qualidade e nunca falte. Para isso, trazemos a você 10 dicas para fazer a troca do óleo do seu carro corretamente e não ter dúvidas quanto às especificações:
1) Preste atenção aos prazos indicados para as trocas de óleo. Leve em conta os intervalos sugeridos pelo fabricante, e não os apontados por quem produz o óleo. Cada montadora informa no manual do veículo o intervalo ideal para as trocas do óleo do motor;
2) Hoje em dia há oficinas mecânicas que permitem a compra de óleo a granel, ou seja, no volume exato que o motor requer. Antes isso não era comum: você era obrigado a recorrer a frascos, por exemplo, de 1 litro. Se a capacidade de óleo do seu motor fosse de 4,5 litros, você era obrigado a comprar 5 frascos e desperdiçar meio litro. Nos locais de venda a granel, você compra na quantidade exata;
3) Escolha o tipo de óleo sugerido pelo fabricante, ou um superior, caso queira. Mas nunca um inferior. Há três tipos de composição mais comuns: os minerais (derivados de petróleo), os sintéticos (desenvolvidos em laboratório com propriedades especiais) e os de base sintética, ou semissintéticos (os intermediários). Os sintéticos têm melhor qualidade e podem durar o dobro da quilometragem. Nem todos fabricantes exigem o sintético, mas caso você queira usá-lo, melhor para o motor do carro. Mas eles são mais caros. Faça as contas para saber se a maior durabilidade compensa o maior custo;
4) Posso misturar os óleos? Pode, isso não faz mal ao motor. Porém, as boas propriedades de um óleo sintético podem ser perdidas quando misturado a um óleo de qualidade inferior. Por isso não é recomendado;
5) Como fazer na hora de escolher a especificação do óleo? Há aquela “sopa de letrinhas” (SJ, 5W30, API, etc.) que confunde muita gente. Em primeiro lugar, há a especificação de desempenho. A mais comum no Brasil é a da API (American Petroleum Institute). Ela usa a letra “S” para os motores cuja queima é feita pelas velas (spark, em inglês), que correspondem aos motores a gasolina, álcool, flexíveis e gás natural. Para os motores a diesel, eles começam pela letra “C”. No caso dos óleos de especificação “S”, ele é seguido de outras letras em ordem alfabética (A, B, C, D etc.) que foram surgindo com o tempo na medida em que a qualidade do óleo evoluiu. As mais usadas e avançadas hoje são as séries SJ, SL, SM e SN. Você pode usar a série indicada pelo fabricante, ou uma mais evoluída, sem problemas. Por exemplo, se o fabricante indica um óleo do tipo SL, você pode usar também o SM e o SN.
6) Depois há a classificação conforme as faixas de viscosidade, estabelecida pela SAE (Sociedade dos Engenheiros Automotivos, na sigla em inglês). Atualmente, os óleos automotivos são multiviscosos, ou seja, têm viscosidade variável conforme a temperatura. Eles são mais viscosos (mais grossos) a frio. Quanto mais quentes, menos viscosos (mais finos). Quanto mais viscoso, maior o esforço do motor ao funcionar. Por isso, o esforço do motor é maior quando ele está frio. As faixas de viscosidade SAE 5W30, 15W30, 15W40, por exemplo, indicam o nível de viscosidade a frio (primeiro número) e a quente (segundo número). Quanto mais baixo o primeiro número, menor o esforço do motor na partida a frio. E quanto maior o segundo, menor o esforço do motor nas altas temperaturas. Os fabricantes fazem exaustivos testes para definir a faixa de viscosidade ideal de cada motor. Ela vem indicada no manual. Mas você pode usar um óleo de melhor desempenho sem problemas: é possível escolher um que tenha o primeiro número inferior ao indicado para o seu carro ou o segundo número maior que o indicado. Mas nunca o contrário, pois ele estaria fora da faixa de viscosidade recomendada;
8) Para exemplificar: se o fabricante indica um óleo SAE 15W30, API tipo SL, você pode escolher um exatamente com essa especificação ou, se quiser mais desempenho, um óleo com viscosidade SAE 5W40 e API SM ou SN. Mas não um óleo SAE 20W30 ou 5W20, nem mesmo com API SJ;
9) O filtro de óleo também deve ser trocado periodicamente, conforme os intervalos apontados pelo fabricante;
10) Trocou o óleo? Agora não se esqueça de verificar com frequência o nível do óleo no período entre as trocas. Apesar dos motores atuais consumirem menos óleo do que no passado, esse consumo existe, e o motor pode ser danificado caso tenha que trabalhar com nível de óleo abaixo do recomendado.