De aluna a professora: educadora celebra o Dia do Professor ao lado de quem a inspirou

Nesta quarta-feira (15), comemora-se o Dia do Professor. Para marcar a data, o Periscópio traz uma história de gratidão, respeito e inspiração. 

Entre os os corredores do Colégio Divino Salvador, em Itu, a professora Verônica Micai Seratti Cristofoletti vive a realização de um sonho: ensinar no mesmo lugar onde estudou e trabalhar ao lado de quem, um dia, foi responsável por despertá-la para a vocação da docência.

Hoje professora de Física e Matemática, Verônica compartilha a sala dos mestres com antigos professores que marcaram sua trajetória escolar e pessoal. Para ela, a experiência é carregada de gratidão e simbolismo.

“Para mim é muito gratificante poder trabalhar com aqueles que me deram aula. Acredito que parte da minha carreira foi decidida ali no colégio, vendo o trabalho, entendendo o que era essa profissão e vendo que era o que eu gostava. É gratificante estar ao lado deles hoje, como era quando eu era estudante. É uma junção da gratidão lá atrás, da decisão da minha carreira e agora em poder estar com eles. Eles continuam me inspirando”, conta Verônica.

A história dela também emociona seus antigos professores, que hoje a veem como colega e amiga.O professor Samuel Veratti, de Literatura, relembra os tempos em que Verônica era sua aluna no 9º ano: “Quando comecei a dar aula pra Verônica, ela tinha 14 anos e olhar hoje, sentada na nossa mesa de professores como colega de trabalho, me emociona. A única coisa que mudou foi que ela se transformou de uma adolescente para uma mulher adulta. De resto, parece que vejo o mesmo espírito. Ela sempre foi uma aluna dedicada, estudiosa e com uma característica que está infelizmente em falta hoje: respeito. Só tenho elogios e só tenho a agradecer.”

O professor Francisco Silveira, de Língua Portuguesa, também guarda boas lembranças: “Dar aula pra Verônica foi uma das boas experiências da minha carreira. Ela foi minha aluna no 8º ano e depois no Ensino Médio. Sempre curiosa, inteligente e cheia de opinião. O que mais marcava era o carinho e o respeito que ela tinha por mim e pelos colegas. Hoje, ver que aquela aluna querida virou professora e trabalha comigo é uma alegria imensa. É bonito ver o quanto cresceu e o quanto continua sendo admirável e amiga.”

Já a professora Jossiara Moreno, de Física, fala com emoção sobre o orgulho de ver alunos seguirem o mesmo caminho:“Ser professora vai além de transmitir conhecimento. É inspirar, motivar, mostrar até onde podemos ir. Ao longo dos meus 25 anos de carreira, tive o privilégio de ver alunos que seguiram a carreira da Física e de outras áreas por conta dos projetos que realizamos juntos. Ver um aluno crescer e ter sucesso é a certeza de que vale a pena ser professora, mesmo diante das dificuldades. Ser exemplo e inspiração é o que me move e me faz continuar.”

O professor Guilherme Garavello, de Matemática, também acompanhou a trajetória da ex-aluna com carinho:“A Verônica, como aluna, sempre foi o sinônimo da aluna perfeita: dedicada, observadora, questionadora, organizada e muito estudiosa, sem perder a essência de adolescente. E hoje, como colega de trabalho, é uma profissional de respeito, que sabe o que está fazendo. É muito gratificante ver que o legado deixado pela gente está vivo em outra pessoa, uma pessoa de bem.”

Para o professor Murilo Rodrigues, de Geografia, a convivência de antes e de agora segue marcada pelo mesmo compromisso e carinho:“A Verônica sempre foi uma boa aluna, sempre teve prazer em estudar. Dar aulas para ela foi fácil e gratificante, porque se aproximava muito do que seria uma aluna ideal. Trabalhar com a Verônica hoje não é muito diferente: ela manteve exatamente o seu jeito de ser — responsável, amiga e eficiente. Desejo todo o sucesso do mundo para ela e que continue sendo a pessoa que sempre foi.”

Entre lembranças, sorrisos e reconhecimento, a história de Verônica e de seus professores é um retrato fiel do que representa o Dia do Professor: a continuidade do conhecimento e do amor pela educação.