Delegacia de Defesa da Mulher deve ter sede própria em Itu
Com exclusividade, a reportagem do Periscópio obteve a informação de que a Delegacia de Defesa da Mulher, que atualmente possui como Delegada a Dr. Ana Maria Gonçales Sola, terá uma sede própria. Atualmente, a DDM atende em um imóvel alugado na Avenida Goiás, no Bairro Brasil, em Itu.
A Delegada Titular da Polícia Civil de Itu, Dra. Márcia Pereira Cruz, explica ao JP. “Existe esse projeto, que está em andamento, da sede própria da Delegacia da mulher. [O projeto] se encontra aprovado na Prefeitura e está em andamento pela Secretaria de Segurança Pública. Serão realizadas as licitações para início das obras”.
“Estou bem contente com esse projeto que será um ganho muito grande para a cidade”, afirma Dra. Márcia, que explica ainda que a nova Delegacia de Defesa da Mulher será construída no local em que ficava a antiga Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito), em um prédio ao lado da Delegacia Central. O antigo imóvel será demolido e será construída uma sede própria.
Porém, a nova DDM não funcionará 24 horas por dia. “Vai atender no horário de expediente normal [das 8h às 18h] e os casos que ocorrerem durante a semana após às 18h e aos sábados, domingos e feriados, serão atendidos pelo Plantão Policial”, complementou a autoridade.
Sobre o projeto, o Periscópio questionou a Prefeitura de Itu, que por meio de nota informou que “em função do período eleitoral, há impedimento legal no fornecimento das informações solicitadas, diante do risco de publicidade indevida”.
O JP também questionou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, que por telefone informou por meio do departamento de comunicação que há um projeto, porém não pode fornecer mais detalhes do mesmo.
Números
De acordo com números de março deste ano, o Estado de São Paulo conta 140 Delegacias de Defesa da Mulher, mas só 11 delas funcionam 24 horas por dia. A crescente estatística de casos de violência contra a mulher, incluindo em Itu, tem motivado a cobrança de autoridades e lideranças femininas por mais estrutura no atendimento às vítimas desse tipo de crime.
Estava marcada para o dia 19 de setembro uma audiência pública da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sobre o aumento de casos de violência contra a mulher em Itu. O evento foi convocado pela deputada estadual Monica Seixas do Movimento Pretas (PSOL) e estava previsto para ocorrer no Museu Republicano, porém acabou não sendo realizado por conta de problemas de saúde da parlamentar.