Dia do Gerente Bancário foi comemorado na última quinta-feira
Na última quinta-feira (15), foi comemorado o Dia do Gerente Bancário, uma profissão que envolve pessoas categorizadas que trabalham não apenas atendendo os interesses da instituição, mas principalmente ganhando a simpatia e a confiança dos clientes. O Periscópio manteve contato com dois profissionais na ativa que deram depoimentos de respeito ao cliente e amor ao trabalho que abraçaram.

Eduarda Oliveira tem 27 anos e trabalha no Banco Mercantil do Brasil há seis anos, sendo gerente nos últimos quatro anos. “Comecei como escriturária, depois passei a gerente de contas e hoje sou gerente de agência.” Ela fala sobre o contato com os clientes. “Como gerente de agência, já passei por três agências e hoje estou em Itu. A gente vai criando um vínculo com os clientes que já me procuram pelo nome. Eu conheço a maioria também pelo nome.”
Se atualmente a internet de alguma maneira facilita para os clientes o relacionamento com o banco, Eduarda tem sua opinião, afirmando que “aqui no Mercantil a gente não sente muito isso, porque nosso público é o público 50+, então muitas pessoas vêm até a agência e procuram um contato mais próximo, apesar de toda a tecnologia”.
A profissional diz que trabalhar em banco vem de família: “Sempre tive familiares que trabalharam em bancos e isso acabou por influenciar na minha escolha e tudo foi acontecendo naturalmente. Sou muito grata por estar neste banco e tudo o que tenho é por ele. Até pelo nosso público ser 50+ a gente cria uma relação de proximidade e carinho.”
Como mensagem aos gerentes de bancos, seus colegas de profissão, Eduarda afirma que “não me arrependo de trabalhar na área bancária e isso mudou a minha vida. Sou apaixonada pelo que faço. Ser gerente exige muito comprometimento conosco mesmo, com nosso time e principalmente com os clientes”.

Aos 62 anos de idade, Gentil Antônio de Souza Filho está no setor bancário há 38 anos, começando como aprendiz, passando a compensador, auxiliar de caixa, caixa, auxiliar de gerente e hoje gerente. “E lá se vão 25 anos nesta posição”, comenta.
Gentil começou em Sorocaba no Bradesco e passou pelo Santander, ainda quando era Banespa. “Aposentei em 2019 e acabei sendo convidado a trabalhar no Sicredi, que é uma cooperativa de crédito bancário”, detalha, dizendo ainda que aceitou voltar porque na cooperativa bancária o relacionamento com o cliente é mais pessoal, mesmo com a internet e redes sociais.
“Aqui é diferente de um banco, estamos mais próximos dos associados. Estamos, portanto, na contramão. Somos do modo antigo dos bancos, onde nosso relacionamento com os associados é mais pessoal, mais próximo.”
Para um garoto que sempre sonhou em ser jogador de futebol, Gentil identificou-se com a vida bancária há quase quatro décadas. “Quando jovem, cheguei a jogar no São Bento, fiz testes no Santos, no Guarani, mas em 1980 fui convidado a trabalhar em banco, exatamente por causa do futebol”, revela.
Explicando melhor, havia antigamente um conhecido torneio, o Torneio dos Bancários, e por jogar muito bem, Gentil acabou recebendo um convite para fazer um teste em um banco. “Naquela época fiz um teste de datilografia, coisa que nem existe mais hoje. Fui bem e comecei numa agência em Sorocaba e acabei não parando mais.”
Neste meio tempo, curiosamente, Gentil acabou recebendo um convite para novamente jogar futebol. “Meu pai ficou feliz, mas minha mãe não deixou (risos). Ela disse ‘você já está trabalhando em banco, tem salário e não vai sair, não!’ E eu acabei aceitando o conselho e fiz a minha profissão e não me arrependo”.
Gentil deixa como mensagem aos colegas de profissão: “Seja mais próximo aos clientes, tenha mais relacionamento, coisa que hoje em dia está mais difícil, para agregar e fidelizar, pois aonde você for, acaba levando o cliente, que é seu maior patrimônio, então você tem de conservar isso”, decreta.
Antigos bancos em Itu
Aproveitando o Dia do Gerente Bancário, o jornal falou com várias pessoas com mais de 50 anos, que lembraram de antigos gerentes e os nomes mais citados foram de Antonio Célio do Prado, o Celinho, e Luiz Carlos de Araújo, o popular Lisca, além dos saudosos Vicente Elias Schanoski e José Darcy de Souza. O jornal também fez um curioso levantamento, com a colaboração do servidor público Odorico Celso Castanho da Silva, de bancos que hoje já não existem, mas que tiveram agências na cidade. Alguns deles conhecidos nacionalmente e outros absolutamente desconhecidos hoje em dia.
A relação é apenas de nomes, sem a época em que mantiveram agências em Itu: Banco de Itu, Cruzeiro do Sul, Moreira Salles, (que depois transformou-se em União de Bancos Brasileiros e mais adiante Unibanco), Alfomares (depois Banestado), Artur Scatena (depois Comind), Nacional de Minas Gerais (que depois ficou só Banco Nacional), Comercial de São Paulo, do Comércio e Indústria (depois Comind), das Nações (vendido para o Bamerindus), Real (absorvido pelo Santander), Bamerindus, HSBC (depois HSBC Bamerindus), Banespa (hoje Santander), Itaú América (hoje Itaú) e Nossa Caixa Nosso Banco.