Dia do Médico: Desafios e Avanços no Programa Mais Médicos no Estado

Por Lethícia Klinke

 O Dia do Médico é lembrado no dia 18 de outubro como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais que desempenham um papel fundamental na promoção da saúde para a população. Neste contexto, é importante refletir sobre o programa que tem sido um pilar na expansão do acesso aos serviços de saúde no Brasil, o Programa Mais Médicos (PMM).

O Programa Mais Médicos (PMM) é uma iniciativa do Governo Federal que visa melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em regiões onde a presença de médicos é escassa ou ausente. Além disso, o programa também tem como objetivo reorganizar a oferta de vagas de graduação e residência médica, buscando a qualificação da formação desses profissionais.

Andamento no Estado de São Paulo

De acordo com os dados fornecidos pelo COSEMS/SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo), até o 31º Ciclo do Programa Mais Médicos, que corresponde aos dados de agosto de 2023, o estado de São Paulo oferece um total de 3.829 vagas para o programa. No entanto, apenas 1.632 vagas estão preenchidas, o que significa que ainda existem 2.197 vagas desocupadas nos municípios paulistas.

Cidades da região de Itu já receberam alguns profissionais: em julho, a cidade de Salto recebeu três médicos do programa, enquanto Indaiatuba recebeu quatro.

Essa discrepância entre as vagas disponíveis e as vagas preenchidas é um reflexo dos desafios enfrentados na atração e fixação de médicos em regiões onde a carência desses profissionais é mais acentuada. Embora o PMM tenha alcançado avanços significativos desde o seu lançamento, o número de médicos ainda não atende plenamente às demandas da população em todo o estado de São Paulo.

Desafios e Avanços

O Programa Mais Médicos tem desempenhado um papel crucial na ampliação do acesso aos serviços de saúde, especialmente em áreas mais remotas e carentes do estado. A presença de médicos em regiões que anteriormente enfrentavam uma escassez crônica de profissionais tem contribuído para a melhoria do atendimento básico e a criação de vínculos entre médicos e pacientes.

No entanto, a falta de médicos em algumas localidades ainda é um desafio persistente. Os motivos para a desocupação das vagas podem variar, envolvendo questões como a infraestrutura de saúde, a remuneração, as condições de trabalho e a distância de centros urbanos. Portanto, é fundamental que sejam adotadas medidas eficazes para atrair e manter médicos nas áreas mais necessitadas.

Além disso, o programa não se limita a soluções emergenciais. Ele também visa melhorar a formação e a qualidade do atendimento médico a longo prazo. A reorganização da oferta de vagas de graduação e residência médica é uma etapa fundamental nesse processo.