Diretor de Serviços Funerários de Itu faz balanço de gestão
A Diretoria do Departamento de Serviços Funerários da Subprefeitura Regional da Zona Leste realizará uma programação especial em alusão ao Dia de Finados no Cemitério Municipal de Itu. Neste sábado (02), serão disponibilizados bebedouros no interior do Cemitério e tenda com cadeiras, para melhor acomodação do público atrás da capela.
Além disso, haverá a Feira da Saudade, que conta com as tradicionais barracas de flores, com artesanato, vendas de velas tradicionais e artesanais, incensos, artigos religiosos e alimentação, oferecendo assim um conforto maior para os visitantes. A feira da Saudade ficará na Praça da Bíblia, das 6h às 18h.
A programação de Finados contará ainda com ações de acolhimento, no interior do cemitério, com tenda de acolhimento do Grupo Barbieri de Itu, mesa de recolhimento de intenções de missas, serviço voluntário das Testemunhas de Jeová e benção dos túmulos.
Haverá também as seguintes celebrações religiosas: 7h (Paróquia N. S. Aparecida) Pe. Wagner, 8h30 (Paróquia São José) Pe. Juverci, 10h (Paróquia São Judas Tadeu), Pe. Matheus, 11h30 (Paróquia N. S. Aparecida) Pe. Ton, 13h (Paróquia N. S. Aparecida), Pe. Ton, 14h30 (Paróquia São Camilo) Pe. José Paulo e 16h (Paróquia São Cristóvão) Pe. Donizete.
Nesta semana, o Periscópio conversou com o diretor de Serviços Funerários de Itu, Edmilson Martins, que comentou sobre a preparação para a data. “Fizemos uma semana bem intensa de trabalho para poder receber os munícipes e demais visitantes, não só no dia de Finados, mas também durante a semana. O movimento começa no início da semana”.
Sobre a expectativa de visitantes, Edmilson lamenta. “A gente fala isso com um pouco de tristeza, porque da pandemia [de Covid-19] pra cá a gente tem tido um fluxo cada vez menor de pessoas. Antes da pandemia, circulavam no cemitério em torno de 12 a 16 mil pessoas entre a semana e o dias de evento, e pós-pandemia esse número diminuiu drasticamente. Eu acredito que a gente deva receber em torno de 7 a 8 mil pessoas em três dias de eventos, mas já recebemos muito mais no passado”.
Segundo ele, as pessoas a pandemia deixou marcas além das mais de 800 mortes decorrentes da doença. “Eu acredito que as pessoas não se recuperaram de tudo isso ainda e elas acabaram se afastando um pouco mais do cemitério”, prossegue Edmilson, que espera que isso mude.
“Cemitério não é sinônimo de tristeza, porém nós passamos por um momento muito difícil. Cemitério é sinônimo de história, de respeito, cultura. É preciso retomar com essa perspectiva, trazendo de volta essas pessoas para mais perto de seus entes queridos”, afirma.
Reconstrução
Na noite de 23 de outubro, a forte chuva que caiu na cidade de Itu causou a queda parcial de um dos muros do Cemitério Municipal devido a intensa precipitação. No dia seguinte, a equipe de manutenção do Cemitério providenciou a limpeza e colocou um tapume no local.
De acordo com nota da Prefeitura na época, a obra de reparo seria licitada, porém, de acordo com Edmilson, não será necessária licitação. “A gente quer começar a construção dele logo após o evento de Finados. A gente só não iniciou porque tem essa programação para o dia de Finados e a gente não tem mão de obra”.
“Não vamos licitar, vamos usar recurso próprio. Temos mão de obra no cemitério para poder fazer, temos material. Em parceria com a Secretaria de Obras, com os engenheiros, eles vão desenvolver um projeto de reconstrução do muro e nós já vamos, após o evento de Finados, começar a executar a obra”. A obra deve ficar pronta até dezembro.
Balanço
Desde o início de 2017 à frente do departamento, Edmilson faz um balanço “bastante positivo”. “Nós pudemos retomar muitas coisas. A gente vai deixar um ambiente mais humanizado, sem sombra de dúvida. Quando a gente assumiu em 2017, a gente pegou um departamento muito precarizado, desde o atendimento, o acolhimento, a estrutura técnica, administrativa”.
Edmilson destaca, entre as melhorias, a reforma da capela. “Ela estava inteira despedaçada, não tinha banco e ficava de portas fechadas. Era um depósito de entulho. É uma capela bonita, histórica e agora está de portas abertas, bem iluminada, bem arejada. Temos missa uma vez por mês”.
O diretor também destaca o atendimento. “É uma equipe bastante engajada, muito comprometida com o ser humano. A gente atende as pessoas não visando o atendimento em si, mas visando o acolhimento do ser humano no momento mais difícil da vida dele”.
Edmilson afirma que não conseguiu concluir, mas iniciou o recadastramento dos jazigos. “Ainda existem muitas sepulturas sem cadastro, que nós não temos acesso ainda à família que é a concessionária daquele sepultura e é muito importante a administração pública ter acesso”.
Ao todo, foram recadastrados 35% dos jazigos existentes. “Esse cemitério é muito complexo, muito antigo e todas as administrações anteriores não se preocuparam com o cadastramento, com essa questão de sistematizar as sepulturas e os sepultamentos, registrar tudo isso”, relata o diretor.
“Vamos deixar o espaço organizado e passar tudo para a equipe de transição e desejar boa sorte para quem vier assumir e que a pessoa que assuma também tenha um olhar diferenciado para esse segmento, que já é um segmento que fica meio em isolamento. Que tenha um olhar humanizado e que venha para cá não com o objetivo de comercializar nada. Mas que venha pra cá fazer atendimento, fazer acolhimento das pessoas. Aqui não é comércio, aqui é prestação de serviço e tem que ser humanizada”, conclui Edmilson.