Disponível para toda população, vacina contra Influenza é segura e não provoca gripe 

Desde a última terça-feira (20), a cidade de Itu, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, ampliou a vacinação contra a gripe a todas as pessoas não contempladas nos grupos prioritários. 

O imunizante está disponibilizado para pessoas a partir de seis meses de vida nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sendo que a UBS 02 (Jardim União) e a UBS 05 (Rancho Grande) permanecem abertas das 8h às 19h.

De acordo com números contabilizados pela Secretaria de Saúde de Itu, até o dia 16 de maio, a procura para se imunizar é baixa na cidade. Apenas 32,32% dos idosos a partir dos 60 anos se vacinaram; somente 13,69% das crianças de 6 meses a menores de 6 anos foram imunizadas e 21,59% das gestantes foram vacinadas. O secretário municipal de saúde de Itu, Tiago Texera, destacou a importância em se imunizar.

“É de extrema importância que as pessoas procurem a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e recebam a vacina. Dessa forma, a população consegue se imunizar e reduzir os riscos da doença caso seja acometida por ela. A vacina previne desenvolver a forma grave da doença. É importante lembrar que estamos no período do ano que ocorre o aumento do número de pessoas contaminadas pela síndrome gripal e do número de internações.”

Vacina é segura

Dra. Marina Jabur, médica infectologista e coordenadora do Departamento de Infectologia da Unimed Salto/Itu, explica que a vacina é segura e reforça a importância da imunização para a sociedade. “A vacina da gripe não causa doença vacinal, porque ela é uma vacina de vírus morto, então não tem como causar a doença.”

Dra. Marina Jabur reforça segurança da vacina e desmistifica que a pessoa que se imuniza “pega” gripe (Foto: Divulgação)

Segundo ela, o que acontece é que, no momento em que a pessoa toma vacina, o vírus está circulando muito, por isso existe a campanha. “Então, a pessoa já está incubando naquele momento, mas não tem como a pessoa desenvolver a doença gripe pelo vírus ao tomar a vacina”, esclarece a especialista.

A médica explica que a vacina contra a Influenza é uma vacina anual, extremamente efetiva e que traz um impacto principiante nas populações vulneráveis e também na população economicamente ativa. “Tendo uma população mais coberta, você diminui absenteísmo no trabalho, você leva menos vírus e transmite menos para as populações vulneráveis também.”

A especialista destaca ainda que a vacinação é ainda mais importante para as crianças (principalmente as mais novas), idosos e portadores de doenças crônicas, pois nessa época sazonal de gripe há uma grande mortalidade desse grupo.

Diferenças

A infectologista comenta também sobre as diferenças entre a Influenza (a popular gripe) e o resfriado. “Existe uma diferença entre o resfriado, que é um quadro mais brando, com coriza, espirros frequentes, obstrução nasal, e eventualmente cefaleia, e a síndrome gripal, caracterizada por febre, associada pelo menos a um dos sintomas, dor de garganta ou sintomas respiratórios, como tosse e/ou falta de ar.”

“O vírus Influenza pode causar quadros brandos, como resfriado, ou ele pode causar uma síndrome gripal ou até mesmo uma síndrome respiratória aguda grave, e daí o paciente vai precisar de internação e tudo mais”, explana Dra. Marina.

Sobre os sinais que devem ser observados com atenção e posteriormente levados ao atendimento médico, a especialista destaca: “Todo paciente que for de risco (asmáticos, extremos das idades, portadores de doenças crônicas) tem indicação muitas vezes de, na suspeita de Influenza, procurar um atendimento médico, porque ele pode ter indicação de um tratamento específico.”

 “Nessas situações de risco ou internação, o médico pode prescrever o tratamento específico. Agora o paciente que, mesmo assim, não tem esses sintomas e não é fator de risco, deve procurar atendimento médico se apresentar falta de ar, se tiver uma febre prolongada, que dure mais do que 72 horas, ou se não tiver se sentindo bem, com dificuldade para controlar os sintomas. Muitas vezes precisa-se de um atendimento para orientá-lo se deve se afastar das atividades normais e tudo mais”, conclui.