Dr. Bastos fala sobre uso da ivermectina contra o novo coronavírus
Após a polêmica com a cloroquina, outro remédio apareceu como possível aliado no combate à Covid-19: a ivermectina. No último dia 10, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu nota informando que “não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da Covid-19, bem como não existem estudos que refutem esse uso”.
A entidade também declarou que as indicações aprovadas para a ivermectina são aquelas constantes da bula do medicamento. “Cabe ressaltar que o uso do medicamento para indicações não previstas na bula é de escolha e responsabilidade do médico prescritor”, informa a Anvisa, declarando ainda que, até o momento, “não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da Covid-19 no Brasil”.
A reportagem do JP conversou com o médico infectologista Dr. Marco Aurélio Hortêncio Bastos, que comentou o uso do remédio. “A ivermectina é uma droga muito segura, uma droga que está aí há 40 anos no mercado, com uma eficiência comprovada contra parasitas”, declara, informando ainda que ela tem um efeito também antiviral e até anticancerígeno.
Segundo o médico, existem relatos que corroboram a eficácia no tratamento, porém sem comprovação científica. “Existem algumas correntes de profissionais médicos e cientistas que estão usando e parece que com algum resultado”, afirma o especialista, citando casos de países que usaram, como a Austrália, que teria usado o medicamento.
Dr. Bastos ainda aponta que a ivermectina tem uma vantagem em relação à cloroquina: ela não tem efeitos colaterais significativos. Porém, são necessários cuidados para que não haja superdosagem. “Precisa passar por médico para saber dose de cada um”, informa, reforçando que é uma droga muito segura. “Ela não é metabolizada no fígado e nos rins como outras drogas”.
“Eu sou favorável ao uso devido estarmos numa guerra onde não sabemos ainda o final disso. E, aparecendo uma droga segura como ela é, antiga, com efeitos antivirais e sem efeitos colaterais praticamente, eu acho que não tem nenhum mal de as pessoas usarem”, justifica. “Tenho passado para alguns pacientes em fases iniciais sem nenhum problema e praticamente em todos os pacientes que eu passei não desenvolveram a doença, tiveram bons resultados”.