Editorial: Um “novo” Novo Itu

Após quase 40 anos, a Favela do Novo Itu deixou de existir. Mais de 60 famílias, por volta de 200 pessoas, foram transferidas para os conjuntos de apartamentos populares Alpes I e Alpes II. Trata-se de um feito histórico para a cidade e, principalmente, para o bairro Novo Itu. De antemão, os maiores beneficiados, são os próprios “ex” favelados que, a partir de agora, terão um local digno com moradia e a chance de melhorar de vida, saindo de uma situação humilhante para a esperança do futuro.

Durante quase 40 anos, esse povo foi iludido por inúmeros políticos que só se interessavam por ele em época de eleições, fazendo promessas que nunca foram cumpridas. Uma gente, que sempre foi marginalizada, muitas vezes com preconceito por serem pobres. Em qualquer acontecimento policial na cidade, o primeiro lugar a ser investigado pela lei, quase sempre era essa favela. Acontece que gente ruim existe em qualquer lugar, em qualquer bairro ou centro da cidade. E, acreditem, a grande maioria dessas mais de 60 famílias, é composta de gente honesta e trabalhadora.

De qualquer forma, a erradicação dessa favela, vem dar um grande alento para o Bairro Novo Itu, que fica dentro da cidade e que sempre foi um dos principais e mais importantes do município; valorizando os imóveis do local ainda mais. Aliás, esse “presente” não vai beneficiar apenas o Novo Itu, como também, e inclusive, o Condomínio Theodora que tinha a favela como vizinha.

Agora, sabe-se que nessas 60 famílias há aquelas que ainda precisam de apoio e, nesse ponto, seria aconselhável que o Prefeito Tuíze venha tomar alguma providência, por meio do Fundo Social que é comandado pela primeira dama Zélia, no sentido de ajudar essa gente a dar a partida para uma nova vida. Juntamente, com essa atitude, dar início a outra que seria a de tentar ajudar os moradores da “Favela do Cemitério” que fica as margens da Estrada Velha Itu-Salto para que, no futuro, também venham a ter um lugar digno para morar. Quem conseguiu resolver um problema de quase 40 anos, talvez consiga resolver outros semelhantes…