Em defesa do mês de Agosto

Impressiona a quase generalidade da má vontade para com o mês de agosto.

Agosto é o mês do desgosto, dizem uns. Agosto é mês de cachorro louco, dizem outros. E por aí vai…

Entretanto, hoje recebi pelo celular um lindo texto sobre esse mês. Ô lá-lá! Isso é novidade!

E a novidade se mostrou prazerosa. Não condenou os primeiros ventos gelados trazidos pelo mês de agosto, mas louvou-os por carregarem as folhas caídas e levantarem a poeira, a qual mereceu também aplausos por ensejar pensamentos filosóficos de como as coisas nem sempre devem mudar de lugar… ou até devem, pois aceitar mudanças faz parte do jogo da vida..

E, no fim das contas, a poeira acaba assentando…

Palavras, como cascatas, retrataram o mês de agosto devidamente tecnocolorido!

Surgiram palavras como “aceitação” para indicar que o “patinho feio” na realidade nada mais é do que o precursor da badalada Primavera.

Além disso, agosto aparece também como o mês “jardineiro”: acolhe as sementes que ficam dormindo, quietinhas, até explodirem em flores vencedoras.

Com isto, agosto realmente nos ensina a necessidade das mudanças. E não nos deixa esquecer que a mesma poeira que o mês levanta, também serve para lindamente avermelhar o céu com os raios do sol poente.

Agosto faz lembrar que o inverno traz delicioso aconchego, compartilhamento e abraços mais apertados. Alma mais aquecida, aguardando receber Setembro e suas cores deliciosas.

Vamos, então, não tentar desafiar os ventos e simplesmente esperar… esperar a certeza da chegada da Primavera!

 

Maria Angela Pimentel Mangeon Elias

Cadeira nº 17 | Patrono Olívia Sebastiana da Silva