Espaço Acadil: Brindisi

Vilma Pavão Folino
Cadeira nº 35 I Patrono Maria Luíza de Toledo Piza

Um brinde pelo ano que se inicia!

Um brinde a você, caro leitor, que com muita resiliência superou imensas dificuldades em 2022 e está pronto para comemorar com empolgação, o Ano Novo!

Dezembro é um mês mágico. Mesmo que você não seja cristão, impossível não se deixar envolver pelo clima de alegria e fraternidade do Natal… E, no final do mês, improvável não fazer a sua retrospectiva pessoal, um balanço de acertos e desacertos, realizar promessas de mudanças, sobretudo de si mesmo em vários aspectos, sem esquecer de se regozijar por estar aqui, iniciando 2023. Um vencedor, afinal, comovido com os votos de Feliz Ano Novo. As incertezas do amanhã? Parecem remotas…

Inconscientemente, você repete costumes da humanidade. Há 4.000 anos, a celebração do Ano Novo já ocorria na Mesopotâmia, comemorando o fim do inverno e início da primavera, almejando sucesso na colheita e fartura. E uma representação de esperança inspirava os povos na antiguidade, em épocas diferentes, de acordo com seu calendário e estações do ano. Os romanos comemoravam em janeiro, segundo o calendário Juliano, o mês consagrado a Janus, o deus de duas faces: dos começos e finais, das transições. Provavelmente seja esta a origem da comemoração do “dia do ano-novo” ocidental no vigente calendário gregoriano.

Atualmente, o réveillon, cujo termo surgiu no século XVII na França, com eventos realizados à véspera de datas importantes pela nobreza,e que a partir do século XIX foram lentamente se popularizando, tem o significado de despertar, reanimar, festejado por todos.É comemorado em muitos países,de acordo com seus costumes e tradições na transição do dia 31 para o primeiro dia do Ano Novo. Alguns têm suas celebrações em outras datas, como Israel, China, e países muçulmanos.

Entre as tradições brasileiras nas comemorações do réveillon, a queima de fogos de artifício, verdadeiro show pirotécnico sem estampidos, é um destaque, que ocorre também em muitos países. Presente no Brasil, como tradição do Candomblé e Umbanda, vestir roupa branca, a partir dos anos 70, se generalizou entre nós, simbolizando o desejo de paz e limpeza da alma, mas, diferentes cores de vestimenta são usadas, em menor escala, como simbolismo de outros desejos. Superstições trazidas por portugueses e outros imigrantes, permeiam a festa brasileira de réveillon: usar roupa nova, não comer aves que ciscam para trás, comer 12 uvas, pular 7 ondas, comer 7 sementes de romã, colocar sementes de romã ou folhas de louro na carteira, colocar arroz nos cantos da casa e deixá-los até o Dia de Reis, comer lentilhas e tantas mais…

Não importa como será a sua celebração da virada sua roupa, mas sim que tenha sua alma repleta de gratidão, aberta para a renovação de sua fé e esperança, evocando seus sonhos, muitos sonhos, pois, como diz Drummond de Andrade, são eles que nos impulsionam.

Você tem o hábito de brindar a chegada do Novo Ano, com um espumante ou champanhe?

Então, TIM-TIM…