Espaço Acadil: Estrelinhas Saltitantes
Poeta Sidarta Martins
Cadeira nº 20 I Patrono Luiz da Silveira Moraes
Ele olhava para o céu
E costumava colecionar estrelas
Uma noite uma, uma madrugada outra
E mesmo durante o dia
Quando os desavisados – sempre existem
Acreditavam não ter estrelas no céu
Ele as via, e as colecionava
As colecionava para si…
Para que seu brilho fosse exclusivo
– Descuidado, mal sabia ele que a luz é infinita
É atrevida
É indomável
Não pode ser aprisionada
Não dá para ser colecionada…
Mas as estrelas gostavam desse jogo
E até participavam alegremente dessa brincadeira
Elas o acompanhavam
Pelos caminhos que percorria
Saltitantes, alegres, divertidas
Por vezes giravam em volta das árvores
Ou mesmo em volta das plantas rasteiras do caminho
Como vagalumes…
Por vezes fugiam alegremente, em algazarra
E iam visitar os mais distantes pontos do céu…
E depois voltavam, também em algazarra
E dançavam em volta dele
Pelo caminho afora
Pela vida adentro
E foram felizes
E ele se fez eterno
Como eternas são as estrelas saltitantes
Que lhe dão força
E encantam seu caminho.