Espaço Acadil: Medo de quê?
Ditinha Schanoski
Cadeira Nº 19 I Patrono Doutor Benedito Motta Navarro
“Quando eu não puder mais dançar, vou cantar com alegria. Quando eu não tiver mais forças para cantar, vou ouvir as músicos que gosto. Quando minha respiração for apenas um leve sopro, vou pensar nos meus entes queridos e o meu coração vai se encher de amor. E quando a luz mais brilhante se aproximar, então terá chegado a minha hora…”.
Inicio com esta crônica de autor desconhecido para abordar um tema comum nos dias de hoje. Um dos maiores desafios é o medo: medo de assaltos, sequestros, drogas, golpes, medo de avião, medo até de fantasmas…
Somos frágeis demais, qualquer coisa nos afeta. Medo das coisas que interferem naquilo que não podemos mudar. Por exemplo: medo de engordar, medo dos cabelos caírem, medo de envelhecer, medo de contrair uma doença grave, medo da depressão e do estresse, insegurança, pandemia, medo das guerras…
Preparando esse texto pude perceber que um livro inteiro falando sobre o medo não esgotaria o assunto.
O medo obriga-nos a não ter vida própria, você se joga num quarto escuro e trancado não querendo ver ninguém, se recusando até em se alimentar, esvaindo toda alegria de viver sem contar que a cada dia somos envolvidos com mais problemas.
Parece contrassenso, mas é verdade, o próprio amor é medo. Medo de tudo. Medo e pânico da loucura caótica do trânsito.
Somos medrosos por natureza. Certo? O medo sempre existiu. Evidentemente que não podemos nos isolar, a vida continua com medo ou sem medo.
Continuo com a lista dos medos: fobia do presente e do futuro, medo do escuro, medo da Covid e medo das guerras…
É, caro leitor, passamos a vida com o pé no freio.
Tento amenizar os nossos medos com a leitura de um pequeno trecho do livro Pequeno Príncipe.Exupéry dizia: Quando eu sei que um amigo vem me visitar às 4 horas,desde às 3 horas eu já estou feliz.
Hoje nem podemos esperar ou receber visitas como o Pequeno Príncipe. Covid e a pandemia tomaram conta de tudo e, ainda continuam deixando sequelas.
A pandemia permanece desafiando todas as expectativas. Parece que as sequelas abafaram e a ainda abafam toda alegria e entusiasmo da população. É preciso olhar com esperança para o futuro. Na vida, não existe nada a temer, mas a entender.
Estamos ainda assustados, nenhum de nós sabe quanto tempo a Covid-19 perdurará, é por isso que precisamos permanecer focados no futuro.
Uma receita para vencer o medo não existe. O caminhar cresce e se agiganta sempre vencendo os nossos medos tendo confiança NAQUELE que nos criou e quer pessoas enfrentando obstáculos, desenvolvendo seus talentos, escrevendo sua história sem jamais perder o encanto e a ternura pela vida.