Espaço Acadil: Meio Ambiente
Guilherme Del Campo
Cadeira Nº 11 | Patrono Mario de Andrade
Em cinco de junho celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. Mas o que há para se comemorar? A não ser poucas inciativas de algumas empresas, organizações não governamentais (ONGs), ações pontuais de escolas, professores e estudantes, quase não sobra nada. A nossa insegurança e das gerações futuras, está inexoravelmente destinada a sofrer e assistir a destruição do planeta por pessoas e entidades ignorantes e irresponsáveis. Precisamos nos preocupar com a preservação da natureza, enfrentar as consequências dos desmatamentos e das queimadas irracionais.
As metas que envolvem o “carbono zero”, não são prerrogativas apenas dos governos e das organizações industriais, mas de todos. O desafio recai sobre a recuperação das florestas dizimadas, das pastagens, recuperação das áreas degradadas, conservação e preservação das nossas nascentes, dos nossos rios, mares e áreas costeiras assoladas pelos resíduos tóxicos do lixo doméstico, indevidamente descartado.
Na falta de aterros sanitários, os lixões proliferam a céu aberto, constituindo-senos maiores poluidores do mundo, ao contaminar o solo, o lençol freático e a enorme quantidade de riachos e rios, com prejuízo a saúde pública. Aliado a tudo isso, verificamos a degradação das terras e rios localizados nas áreasindígenas que, aliada ao desmatamento, poluem os rios com mercúrio na exploração do garimpo ilegal, além do tráfico e da pesca ilegal. Aliado a tudo isso, está o descaso do Governo Federal, ao não combater devidamente essas atrocidades que, além de fazer vistas grossas, pedem para que não destrua ou incendeie máquinas e equipamentos caríssimos, provavelmente bancados por “lobbys” milionários.
Fiquei estarrecido ao assistir um documentário na TV sobre as palafitas. Com as cheias, verifica-se uma quantidade incomensurável de lixo doméstico boiando e com elas animais mortos, numa verdadeira imundice e perigo àsaúde, principalmente das crianças. E são os próprios moradores que descartam ali, suas imundices.
Os desmatamentos e ocupações irregulares do solo, provocaram o deslizamento de encostas, principalmente em Angra dos Reis e Paraty (RJ), na Bahia e em Pernambuco.
Observamos o aquecimento do planeta, o degelo das calotas polares e das cadeias de montanhas que anteriormente eram cobertas pela neve. Como consequência observa-se a elevação do nível das águas do mar, aliadas a grandes precipitações pluviométricas.
Alagamentos surpreendentes, destruição de centenas ou milhares de lares, além de uma quantidade elevada de mortes de gente inocente, que poderiam ser evitadas. A devastação da Amazônia vai provocar, em poucos anos, a desertificação da região em caráter irreversível.
Ainda dá tempo! Precisamos acordar e pressionar nossos representantes legais,para tomarem decisões efetivas na preservação ambiental, assegurando sua existência às gerações futuras.