Espaço Acadil: Missão Artemis I
Guilherme Del Campo
Cadeira nº 11 I Patrono Mario de Andrade
Dia 16 de novembro às 3h47 (horário de Brasília) a Nasa lançou com sucesso o poderoso foguete SLS (Space Launch System) não tripulado, rumo a Lua.
Lembro-me que há cinquenta anos, quando o programa Apollo da Nasa levou os primeiros astronautas até o solo lunar. Na época eu trabalhava em São Paulo e as pessoas se acotovelavam diante das vitrines das lojas e magazines que exibiam, nas TVs preto e branco, as primeiras imagens borradas dos astronautas sobre a Lua, decretando um grande feito da humanidade. Ouvi, pessoas incrédulas, afirmarem que aquilo era uma montagem fantástica de Hollywood e que tudo aquilo era uma grande mentira.
A missão Artemis I prepara uma nova exploração lunar, para posterior embarque de astronautas com destinos diferentes. Após cerca de uma hora e meia o potente foguete colocou a cápsula Orion em sua trajetória para a Lua.
A Nasa divulgou que agora inicia-se uma nova era da exploração lunar entre outras descobertas científicas, ou seja, a volta da exploração tripulada do sistema solar. Agora, esta missão será explorada apenas por robôs e sondas e mesmo sem astronautas a bordo, a arriscada missão consumiu cerca de U$ 40 bilhões.
Objetiva-se, no futuro próximo, a construção de uma base, uma estação espacial e um posto avançado fornecendo suporte para o retorno humano, de longo prazo à superfície lunar, o qual seria o ponto de partida para a exploração do espaço.
O astrônomo da USP, Roberto Dell’Aglio da Costa, manifestou-se assim a respeito: “A importância é muito grande porque marca o começo da volta da exploração tripulada do sistema solar.”
A Artemis I já concluiu a primeira volta sobre o satélite lunar e com suas poderosas lentes, vai fotografar o lado oculto da Lua, que poderá nos revelar grandes surpresas, significando mais um segredo oculto da Nasa.
Enquanto isso, em Marte, o rover Perseverance da Nasa, que aterrissou numa cratera marciana em 18 de fevereiro de 2021, escava rochas marcianas que mostram um passado aquoso, com moléculas orgânicas, a base da vida como conhecemos. Essas rochas serão trazidas para a Terra para exames científicos mais detalhados, que podem significar uma antiga vida marciana. Essas rochas que receberam água, podem sustentar micro-organismos em seu interior.
Os cientistas não se cansam de procurar vestígios de vida no Cosmo e segundo eles, Marte era muito parecido com o planeta Terra cerca de três bilhões de anos atrás.
A partir de 2025, a Nasa vai enviar astronautas para uma estadia aproximada de uma semana na Lua, incluindo a primeira mulher e a primeira pessoa negra no satélite.
Dando certo, a missão vai assegurar a colonização do sistema solar e prevê-se para o ano de 2030, a auspiciosa missão para levar a primeira tripulação para o planeta Marte. Talvez seja uma viagem só de ida para os astronautas, o tempo vai dizer.
Quem viver verá!