Especial: Dia Nacional do Doador de Sangue

O dia 25 de novembro é lembrado no Brasil como o Dia Nacional do Doador de Sangue. Na verdade, entre os dias 23 e 28, hemocentros de todo o país se unem para destacar a importância deste gesto, no qual um doador voluntário tem seu sangue coletado e armazenado em um banco de sangue ou hemocentro, para uso subsequente em transfusões.

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue regularmente. O número fica abaixo dos 2% ideais, definidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e bem abaixo dos 5% que se registra nos países da Europa.

As pessoas que se propõem a doar precisam passar por uma entrevista, objetivando maior segurança para o doador e para os pacientes que receberão o sangue. Podem doar pessoas com idades entre 16 e 69 anos, sendo que os menores de 18 anos só podem doar com autorização dos responsáveis legais. A quantidade de sangue retirada é no máximo 450 ml, sendo que uma pessoa adulta tem em média cinco litros. A recuperação ocorre imediatamente após a doação.

Em Itu não há um hemocentro municipal. Segundo a Secretaria de Saúde, “devido ao número de habitantes, a cidade não comporta a abertura. No entanto, quem mora em Itu e quiser doar sangue, pode recorrer ao Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue) de Sorocaba”. O endereço é Avenida Comendador Pereira Inácio, 564, fone (15) 3224-2930 ou 3332-9461, de segunda a sábado, das 7h30 às 12h30, exceto feriados.

“Creio que não precisamos estar em situação de emergência para ajudar o próximo” (Lisandra Azevedo)

Em Itu, Lisandra Azevedo, 43 anos, garçonete, é doadora desde a pandemia, quando os estoques ficaram muito baixos para quem precisava de sangue. “Soube da existência do grupo ‘Doe Sangue, Doe Vida’ através de um outro grupo ao qual sou voluntária, o ‘Doe Vida, Doe Medula Óssea’. Fizemos uma caravana até Sorocaba em 2021 e 2022 e este ano não pude doar pois estava abaixo do peso mínimo permitido”.

Ela diz que seu grupo é “bem ativo e já incentivei outras pessoas a doarem”. Lisandra ressalta que tudo é muito seguro. “Há uma triagem e um questionário confidencial a ser respondido antes da doação. O sangue é examinado minuciosamente e se algo estiver errado, eles entram em contato e pedem para que sigamos à unidade do Colsan”.

 É importante destacar que o Colsan em Sorocaba é fixo, mas existem ações móveis da Unicamp e em Itu e Salto, por exemplo, há ações no Ceunsp.

“Doação é uma das diversas maneiras que a gente tem de ser solidário e não custa nada” (Fernando Nápoli)

O gerente de vendas Fernando Nápoli, 54 anos, diz que “eu não tenho uma ‘carteirinha de doador’, mas sempre que posso participo de ações. Aqui mesmo na Starrett, onde trabalho, já houve ações lotando ônibus de funcionários voluntários e seguindo para Sorocaba”.

Fernando entende que é importante ser doador e não apenas de sangue. “Sempre tive essa afinidade de ajudar quando era possível. Nos meus tempos de Quartel, fui doador e era comum as pessoas apelarem para o Exército à procura de doadores e eu era voluntário. É uma atitude simples e você doa uma coisa que você tem e está sobrando, até porque o que eles tiram o organismo repõe”.

Para ele, “é uma forma muito simples de ser solidário e você colabora, porque a gente sabe que os bancos de sangue por aí, via de regra, têm dificuldades para manter seus estoques”, finaliza.