Ex-moradores de Itu comentam eleições nos EUA entre Joe Biden e Donald Trump
Nesta semana, o mundo todo acompanha com atenção as eleições presidenciais dos Estados Unidos, com a corrida pela Casa Branca sendo entre o atual presidente Donald Trump (Republicano) e Joe Biden (Democrata), que foi vice-presidente durante o governo de Barack Obama (2009-2017).
Até o fechamento desta edição, de acordo com projeções do The New York Times, Biden se encontrava na frente na apuração, com 253 votos (algumas projeções contam o democrata com 264 votos, uma vez que segue indecisa a situação no Arizona) contra 214 de Trump (para vencer, são necessários 270 votos), não havendo ainda um resultado oficial. De qualquer maneira, Trump já antecipou que, em caso de derrota, poderá ir até a Suprema Corte, prevendo uma suposta fraude.
Diante do cenário envolvendo a principal economia do mundo, o Periscópio conversou nesta semana com dois ex-moradores da cidade de Itu, que comentaram como está o clima eleitoral nos EUA, bem como suas expectativas. Ex-moradora da cidade de Itu, a administradora de empresas Juliana Rezende Martins, de 36 anos, mora há dois anos e quatro meses em Orlando, na Flórida – estado vencido por Trump, em que levou 29 votos do colégio eleitoral. Embora imigrante legal, ela não pode votar, pois ainda não é cidadã americana, processo que leva alguns anos.
Mesmo não podendo participar do pleito, Juliana comenta a respeito. “Essa eleição vem sendo aguardada, em um clima bem tenso desde o começo e antes de qualquer coisa o Donald Trump havia se pronunciado dizendo que caso ele perdesse ele não acataria o resultado das votações que ele levaria para a Suprema Corte”, relata.
Na percepção da administradora, “Donald Trump é um excelente homem de negócios, isso é inquestionável, mas como ele se expressa, as afirmações que ele faz, a forma como ele se comporta é uma coisa que faz com que muita gente tenha aversão dele”. “Ele tem aquela postura xenofóbica, preconceituosa, machista e muitos dizem que é só um número, só um personagem, mas não sei”.
A ex-moradora de Itu prossegue. “Sem dúvida nenhuma, as pessoas, não todas, mas um grande número, está votando no Biden não por acreditar que as propostas do Democrata são melhores e, sim, porque estão cansadas de tanto preconceito, tanta barbaridade sendo dita e essa postura dele de falar as coisas sem pensar, pouco se importando se aquilo vai atingir alguém ou não vai”, afirma.
Juliana retorna a falar sobre Trump, além de falar sobre a economia local. “Eu não tenho como questionar a postura dele como uma pessoa que lida bem com a economia. Sem dúvida, os EUA continuam gastando muito mais do que arrecadam, mas isso comparado com outros países não tem muita relevância, porque apesar disso acontecer ano após ano, a economia dos EUA continua crescendo, que é o mais importante”.
Quanto aos resultados das eleições e suas consequências, a brasileira opina. “O que tem até agora é muita dúvida, a apuração não terminou, ainda tem estados chaves para divulgar o resultado, quem está aqui sente que tem algo no ar, um clima tenso. Aqui em Orlando está tudo relativamente tranquilo, tem cidades como York que tem pessoas se preparando para quebradeira, manifestações. Independente de quem ganhe eu acredito no sistema, por isso que eu escolhi estar aqui. Independente de quem ganhe, pode ter manifestações, é claro que pode, tem manifestações frequentes por aqui, a maioria delas é pacífica”.
Ituano de nascimento, André Reis, de 35 anos, mora desde 2017 nos EUA, também na Flórida. “Por aqui as coisas estão bem divididas, mas em 2016 o Trump ganhou sem problemas”. Assim como Juliana, André não pode votar pelo fato de ser imigrante. “Mas se pudesse, meu voto seria nulo”, comentou o ituano, que no momento da entrevista se encontrava em Chicago, Illinois, local em que de acordo com ele, a tendência era pró vitória de Donald Trump – apesar de a apuração mostrar mais votos para Biden, que venceu no estado que dá direito a 20 votos.
André falou ainda com preocupação quanto aos ecos das eleições, em relação aos protestos. “Os comerciantes já colocaram tapumes nas lojas, pois esperam por protestos, ganhe o Joe Biden ou ganhe Donald Trump”, afirmou.
Não entendi nada que essa tal administradora disse. Está bem claro que ela não tem condições de dar opinião sobre política. Achei bem ruim.