Família Mendes Galvão e a tradição do presépio de Natal

Pelo 53° ano consecutivo a montagem da representação do nascimento de Jesus se faz presente na rotina da família

Uma das mais aguardadas épocas do ano, o Natal sem dúvida traz consigo momentos de reflexão e de união entre familiares e amigos, além da manutenção das tradições. Dentre os ritos da data que marca o nascimento de Jesus Cristo, segundo o Cristianismo, está o da realização e montagem do presépio, considerado símbolo do Natal.

Na cidade de Itu, a tradição não é diferente. Durante 52 anos, Luiz Gonzaga Mendes Galvão, mais conhecido como Zezé Enfermeiro, fez a montagem do presépio em sua casa, promovendo a confecção de outros em diversas residências ituanas (os mais marcantes, na Igreja do Bom Jesus e na Santa Casa de Misericórdia), ao lado de seu primo, o artista plástico Nicolino de Francisco.

Mesmo após seu falecimento, em 12 de janeiro deste ano, aos 78 anos, a tradição, pelo menos em família, está mantida. Viúva de Zezé, a aposentada Ruth Colin Mendes Galvão decidiu manter viva a magia do Natal em sua casa. “Sempre fomos muito católicos e amamos o Natal. Meu marido era o rei da montagem dos presépios. Infelizmente ele faleceu este ano, mas a história continua”.

De acordo com Ruth, os itens que formam o presépio foram adquiridos durante os mais de 50 anos de montagens, com peças raras. “Muitos dos objetos, das peças, até saíram de fabricação já, são coisas muito bonitas que hoje não estão mais no mercado”, relata a viúva.

Em seu 53º ano de montagem no lar da Família Galvão, o presépio chama atenção por sua extensão, ocupando praticamente um cômodo do imóvel. Acostumada a arrumá-lo todo mês de dezembro, Ruth comenta sobre o tempo que leva para deixá-lo do jeito que gosta. “Levo dois dias até ajustar tudo, contando com as ‘luzinhas’ e os sons”.

Emocionada, a aposentada destaca a importância do presépio para a família. “Eu amo o Natal e acho muito importante manter essa tradição. Seria muito bom se todos pudessem fazer o mesmo”.

Texto e foto – Daniel Nápoli