Forças Gravitacionais no Varejo
Leandro Krug Batista*
Einstein estava certo. Há 100 anos ele conseguiu teorizar (sem nenhuma planilha de Excel ou HP-12C) que existiam ondas gravitacionais emitidas no universo. E por falar em gravidade, você sabia que a localização de uma loja pode ser definida por leis gravitacionais? Não são necessariamente as mesmas variáveis que vemos nos estudos da Física, mas somos mais ou menos atraídos por um tipo de varejo em cada circunstância, dependendo de algumas variáveis que contribuem direta ou inversamente para a nossa escolha! São algumas delas:
Tempo de deslocamento: o tempo de deslocamento do cliente até a loja é inversamente proporcional à sua atratividade.
Distância do cliente: a distância também é inversamente proporcional à atratividade ao cliente. Contudo, se o tempo de deslocamento for menor, ele influenciará nessa atratividade.
Ganho financeiro: quanto maior o ganho financeiro com descontos e ofertas na aquisição de produtos, maior a atratividade do consumidor.
Proximidade a outras conveniências: quanto mais questões o cliente puder resolver na própria loja ou nos seus arredores, mais tempo pessoal ele economizará, logo, mais atraído ele estará.
Interação entre o Digital e o Físico: quanto mais o cliente puder transitar entre os canais digitais (celular, internet, iPad) e os canais físicos, tendo uma experiência integrada, maior será a propensão dos seus gastos.
Existem outras forças gravitacionais e até cálculos mais complexos (Método Gravitacional Converse – 1949), contudo, considerando essas variáveis citadas, já é possível compreendermos porque, às vezes, lojas de conveniência nos cobram preços percentualmente tão mais caros e não reclamamos. E, ao mesmo tempo, enfrentamos quilômetros de distância para passar o dia inteiro em outlets.
*Leandro Krug Batistaé professor da Pós-Graduação da Universidade Positivo, consultor de Franchising e Gestão de Redes de Varejo e Mestre em Gestão Estratégica.