Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo
Hoje (29) é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Uma data muito importante para pessoas que conseguiram largar o vício do cigarro para uma melhor qualidade de vida. Além de ser um dos principais fatores de risco para morte precoce e incapacidades, a prática do fumo também interfere no relacionamento familiar e prejudica quem convive com fumantes – os fumantes passivos também correm riscos de contrair doenças causadas pelo tabaco.
O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes (7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens), mas no período entre 1990 e 2015 a porcentagem de fumantes diários no País caiu de 29% para 12% entre homens e de 19% para 8% entre mulheres, de acordo com dados do Governo Federal.
Marco Melo, diagramador de 49 anos, está sem fumar há cerca de quatro anos e oito meses. Ele contou ao Periscópio que sentiu “muita falta” no começo. “Fumei por 27 anos, em média 30 cigarros por dia. Foi muito duro por um período de tempo relativamente curto. O maior drama da luta contra a dependência da nicotina não durou mais que três semanas. Parece pouco, mas quem conta três semanas, segundo por segundo, é um tempão”, relata ele.
Ele também contou que foram diversos motivos que o levaram a largar o vício, como “saúde, medo de câncer, higiene e cheiro ruim”. “Eu não aguentava nem subir uma escada. Mas o principal motivo foi que eu não aguentava mais ser controlado pelo tabaco. Eu era um escravo”, afirma, explicando sobre como parou com o hábito de fumar. “Foi por conta própria, mas inventei um programa para parar. Fui combatendo o vício aos poucos, até que um dia decidi não fumar mais”, completou.
Muitas pessoas conseguem parar apenas com vontade própria, como é o caso de Marco, mas outras só conseguem com a ajuda de adesivos, pastilhas e outros métodos que ajudam a largar o vício de forma gradativa. É o caso do tatuador de 31 anos Adriano Oli, que utilizou outros métodos para parar com o tabagismo. “Eu fumei durante seis anos e parei da noite pro dia. Foi rápido. Eu estava cansado de ter que bancar meus cigarros e dos outros, aí resolvi parar”, conta ele, que utilizou pastilhas que contêm nicotina para parar gradativamente com o vício. “Pastilha ajuda muito, e força de vontade também”.
Já a dona de casa Rosana Salles, de 59 anos, conta que parou de fumar há 20 anos. “Eu fumei por 24 anos. Eu fumava um maço por dia”, relata. Ela contou que no começo foi muito difícil. “Troquei o cigarro por balas e chicletes, engordei e fiquei muito nervosa. Minha pressão arterial aumentou e o médico falou pra eu escolher entre minha saúde e o cigarro, e a insistência do meu marido também foi grande para que eu parasse. Não tive outra alternativa senão parar de um dia para o outro”, relata Rosana, que parou com o vício por conta própria, “com muita determinação”. “Também parei a pedidos do meu filho, que na época tinha 7 anos”.
Apoio municipal no combate ao fumo
A Secretaria Municipal da Saúde desenvolve continuamente o programa de prevenção ao tabagismo, realizado por meio de reuniões semanais por dois meses para grupos de fumantes inscritos previamente. A participação é aberta a fumantes que desejam parar de fumar, que devem se inscrever no programa por meio de entrevista feita com médico pneumologista ou psicóloga no Ambulatório de Especialidades Médicas (AEM) I, às segundas-feiras, às 7h30.
O interessado em participar do programa de prevenção ao tabagismo precisa desejar parar de fumar e ter disponibilidade para reuniões semanais, às segundas-feiras, das 8h às 9h15, no AEM, localizado na Avenida Tiradentes, 980, Parque Industrial. (Gabriela Prado)