Imóveis da Rua Francisco Ribeiro correm risco de desabar

Local se transformou em depósito de lixo, além de acúmulo de água parada. Construção abandonada seria um dos principais fatores da interdição realizada pela Defesa Civil

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Fernando Campos

Há cerca de dois meses, moradores da rua Francisco Ribeiro, na Vila Santa Terezinha, vem sofrendo com o descaso desse local que é praticamente um beco o qual dá acesso à rua Cruz das Almas, na Vila Guiti.

A rua, de aproximadamente 60 metros de extensão, se encontra abandonada. Um dos vários fatores que preocupa as cinco famílias que residem ali é a questão da infra-estrutura. Ao lado desse beco existe uma construção predial, cujas obras estão paralisadas há vários meses e, segundo os moradores, foi interditada pela Defesa Civil devido a riscos de deslizamento e até desmoronamento de casas que ficam à beira de um fosso das fundações do canteiro de obras.

A auxiliar de limpeza, Conceição Candiani, que reside no local há cerca de 25 anos, ressalta que a situação só piora. “Após a interdição da rua, moradores de outras localidades tem depositado restos de objetos, como sofás, pedaços de madeira e demais entulhos. Nos últimos dias encontrei rato e escorpião dentro de casa”, explica a moradora, alegando ainda que durante a noite o beco vira refúgio de usuários de drogas devido à falta de iluminação.

Além de todos esses transtornos, é possível ver, no perímetro da obra, acúmulo de restos de materiais de construção, além de água parada, o que torna fácil alvo para proliferação de ovos do mosquito Aedes aegypti. “Estamos temerosos, pois sabemos dos problemas, mas ninguém nos dá solução”, acrescenta um morador que pediu para não ser identificado.

Prefeitura diz que moradores não correm risco
A reportagem do “Periscópio” questionou a Prefeitura sobre a situação da obra e dos moradores que estão no local. Em resposta, o Executivo informou que: “De acordo com a Defesa Civil de Itu, a interdição de duas casas foi necessária devido a trincas e rachaduras, surgidas nas mesmas devido à realização das obras de fundação de um prédio ao lado. Essas duas casas estão vazias. Os moradores de outros imóveis próximos não correm risco. Os proprietários das casas interditadas acionaram a construtora responsável pelas obras do prédio”.